O Ministério Público do Rio Grande do Norte entrou com
recurso no Tribunal de Justiça para obrigar o Governo do RN e o Instituto de
Previdência (IPERN) a elaborarem, em 60 dias, um Plano de Reequilíbrio
Financeiro e Atuarial do Fundo Previdenciário (Funfirn).
O MP alerta para risco de colapso nas contas da
previdência, que já acumula déficit atuarial de R$ 54,3 bilhões, segundo o
Tribunal de Contas. Hoje, mais da metade da folha do Estado é composta por
inativos, e o déficit mensal ultrapassa R$ 150 milhões. A situação do déficit
previdenciário demonstra um risco imediato à solvência do regime.
A Justiça havia negado pedido anterior sob o argumento de
que não havia “perigo de demora”, já que o inquérito tramita desde 2015. O MP
contesta, dizendo que a omissão agrava a crise. O recurso pede ainda inclusão
de medidas no orçamento estadual e alienação de imóveis para reforçar o fundo.
Além do Estado do RN e do IPERN, o caso envolve a
Procuradoria-Geral do Estado (PGE/RN), que representa os agravados. O Tribunal
de Contas do Estado (TCE/RN), em decisão cautelar de 17 de setembro deste ano,
também apontou o déficit atuarial e determinou medidas para evitar a
insolvência. O Presidente do IPERN reconheceu publicamente que o déficit mensal
do regime ultrapassa R$ 150 milhões e que 52% da folha de pagamento do Estado é
composta por servidores inativos.
Blog do BG
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