A Câmara dos Deputados decidiu na noite nesta
quarta-feira (08) retirar de pauta a medida provisória que previa alterações no
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), invenção do governo Lula para gerar
em em 2026 cerca de R$17 bilhões com objetivo de cobrir o rombo provocado pelas
despesas sem controle.
A medida enfrentava forte resistência e, com a retirada,
torna-se inviável sua votação antes que expire, a MP perderia validade já nesta
quarta.
A votação para decidir sua permanência na agenda contou
com 251 votos favoráveis à retirada e 193 contrários e representa derrota ao
governo Lula (PT), que defende a proposta.
Originalmente editada como MP 1303, a proposta buscava
ajustar a tributação em operações financeiras, investimentos, fintechs e
compensações fiscais, respondendo às críticas ao aumento do IOF proposto pelo
governo.
Para viabilizar seu avanço, o relator da proposta,
deputado Carlos Zarattini (PT-SP), atendeu demandas do setor produtivo,
sobretudo do agronegócio, e flexibilizou trechos do texto enviado originalmente
pela equipe econômica.
Durante as negociações, ministros e lideranças
governistas mobilizaram esforços para manter o projeto vivo. Como mostrou
o Diário do Poder, o petista até exonerou temporariamente
ministros para participarem da votação, como foi o caso de: André Fufuca
(PP-MA), do Esporte; Celso Sabino (União-PA), do Turismo; e Silvio Costa Filho
(Rep-PB), dos Portos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de
reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com parlamentares em
busca de apoio para aprovar a MP.
Com a retirada da agenda, o governo estuda alternativas
para compensar a perda financeira, como contingenciamento de até R$10 bilhões
em emendas parlamentares.
Diário do Poder
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