Há limites para a credulidade — e as últimas pesquisas
eleitorais no Rio Grande do Norte parecem zombar da inteligência do eleitor.
Colocar Fátima Bezerra em primeiro lugar na corrida pelo Senado e Cadu em
segundo lugar para o governo, é mais do que um erro metodológico: é uma afronta
à realidade.
Fátima encerra um governo
marcado por estagnação economica, escândalos e promessas não cumpridas. O
Estado mergulhou em crises na saúde, na educação, na segurança, na
infraestrutura, e no défice fiscal, enquanto o discurso da “gestão técnica e
humana” se contradiz diante da ineficiência e do descaso. A governadora que
prometeu ser a voz do povo, tornou-se o retrato de uma gestão distante e sem
resultados concretos.
Cadu Xavier, por sua vez,
representa o oposto do que o eleitor busca: uma figura sem densidade política,
sem legado e sem lastro popular. Sua lembrança em segundo lugar numa pesquisa
só reforça a suspeita de que os números servem mais para confundir o eleitor e
fabricar candidatos do que para medir intenções de voto.
Os institutos que divulgam
tais levantamentos perdem rapidamente o que ainda resta de credibilidade. Não
há estatística que resista ao confronto com a realidade das ruas — onde o
sentimento é de descaso, desconfiança e indignação com quem teve oportunidade
de governar e falhou.
As pesquisas podem até
tentar reescrever o roteiro, mas o eleitor potiguar já aprendeu a distinguir
ficção de verdade. E, no filme político do Rio Grande do Norte, Fátima e Cadu
são personagens que o público não quer ver de novo em cena.
0 comentários:
Postar um comentário