A partir de quarta-feira (1º), os usuários do Pix podem
acionar o “botão de contestação” nos casos de fraude, golpe e coerção, informou
o BC (Banco Central) nesta terça-feira (30).
O objetivo da ferramenta, formalmente conhecida como
autoatendimento do MED (Mecanismo Especial de Devolução), é permitir
a contestação de uma transação de forma totalmente digital — sem a
necessidade de interação humana.
A nova medida poderá ser acionada pelo aplicativo da
instituição financeira do usuário.
Atualmente, a devolução dos recursos é feita apenas a
partir da conta originalmente utilizada na fraude. O problema é que os
fraudadores, normalmente, conseguem retirar rapidamente os recursos dessa conta
e transferi-los para outras contas. Assim, quando o cliente faz a reclamação é
comum que essa conta já não possua fundos para viabilizar a devolução.
O botão não vale para casos de erro e arrependimento
pelos usuários, reforçou o BC.
Como irá funcionar
Segundo Breno Lobo, Chefe Adjunto do Decem (Departamento
de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro) do BC, ao contestar a
transação, a informação é instantaneamente repassada ao banco do golpista, que
deverá bloquear os recursos em sua conta, caso existam.
Valores parciais também podem ser bloqueados, informou o
BC.
“Depois do bloqueio, ambos os bancos têm até sete dias
para analisar a contestação. Caso concordem que se trata realmente de um golpe,
a devolução é efetuada diretamente para a conta da vítima. O prazo para essa
devolução é de até onze dias após a contestação”, explica.
Ele ressalta que o “botão de contestação” não se aplica a
casos de desacordos comerciais, arrependimento e erros no envio do Pix, como
digitação errada de chave, ou que envolvam terceiros de boa-fé, por exemplo.
CNN Brasil
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