Mossoró entrou oficialmente no modo ilusão eleitoral. A
segunda maior cidade do RN que até a semana passada não tinha nem estádio de
futebol nem hospital municipal, agora parece ter ganhado ambos, ao menos no
discurso. E curiosamente, os dois equipamentos surgem lado a lado, na região
das universidades.
De um lado, a governadora Fátima Bezerra (PT), que esta
se projetando para o senado, resolveu redescobrir Mossoró, depois de anos
distante da capital do Oeste. Prometeu erguer um novo estádio, pequeno e
modesto, para dez mil torcedores, em terreno cedido pela UERN, em frente ao
Restaurante Tenda. Um presente aos desposrtistas de quem viu oportunidade na
incompetência do prefeito Allyson Bezerra (UB) em entregar a reforma do velho Nogueirão.
Do outro, o prefeito, pré-candidato ao governo, vaidoso,
que não aceita perder holofotes na sua própria cidade, tratou de reagir.
Tentou ressuscitar a ideia da permuta do Nogueirão e, no meio das críticas e
dos desgastes, partiu para outra estratégia. Anunciou que a policlínica da
UFERSA, ainda em fase de conclusão, passará a se chamar “Hospital Municipal de
Mossoró”.Previsão de entrega para dezembro (curiosamente ele pretende deixar o
cargo em janeiro).
Mas o que é mesmo esse hospital? Terá estrutura de
verdade? Cirurgias complexas? Leitos de retaguarda? UTI? Ou será só um centro
cirúrgico com placa nova? Ninguém sabe. E talvez nem seja para saber agora. O
que importa é a manchete positiva.
Mossoró assiste a disputa entre dois ogros velhos da política.
De um lado, a professora que virou governadora e agora tenta reencantar o
eleitor com promessas de última hora; do outro, o seu aluno, o prefeito
performer, que entre um pulo e piuetas no TikTok, vende promessas
antigas.
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