No primeiro dia útil de sua gestão, em 2 de janeiro de
2021, o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) anunciou que estava recebendo a
Prefeitura de Mossoró com um “rombo” de R$ 1 bilhão. Em seguida, distribuiu a
sua versão nas redes sociais e veículos de comunicação parceiros.
Só que não era verdade.
A dívida consolidada do município era de R$ 233,2
milhões, menos de 1/3 do valor propagado naquele pelo gestor.
Mas por que Allyson faltou com a verdade?
Dois pontos explicam:
1 – Ele estava tirando uma carta de garantia para
transferir todas as mazelas que surgissem, como de fato surgiram, para a gestão
anterior;
2 – o “rombo” justificaria, como de fato justificou, a
decretação de calamidade financeira para que pudesse contratar serviços de toda
a ordem sem licitação ou fiscalização dos órgãos públicos.
Deu certo.
No primeiro ano de gestão, o prefeito contratou mais de
R$ 100 milhões com dispensa de licitação, e quando surgia problemas, ele
reclamava da “herança maldita”.
Agora, com a verdade descortinada, o prefeito vai ter que
se explicar diante de um “rombo” de mais de meio bilhão de reais nas contas do
município.
Em quatro anos, Allyson aumentou em 118% a dívida do
município, elevando para mais de R$ 600 milhões.
Além disso, no fechamento do exercício financeiro de sua
primeira gestão, ele transferiu quase R$ 400 milhões para a segunda gestão,
escondendo esse valor em “restos a pagar”.
Estamos diante de uma imoralidade financeira, seja por
incompetência ou de forma deliberada em nome de interesses individuais.
É muito grave.
E pode ser pior ainda, se as instituições investigativas
colocarem suas lupas em rastros que a cada dia estão mais expostos, mais
visíveis.
defato.com
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