Considerado o “inimigo número 1 do Planalto”, o governador de Pernambuco, presidente nacional do PSB e presidenciável Eduardo Campos, chacoalhou projetos dos socialistas potiguares para as eleições do próximo ano, principalmente nos núcleos wilmista e sandrista.
A ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, ficou mais distante do palanque PT-PMDB potiguar, devido à determinação de a executiva nacional do PT inibir aliança com o PSB nos Estados, sob forma de estratégia para impedir o fortalecimento de Campos.
Daí, Wilma deve procurar outras alternativas, até porque na possível chapa majoritária petista-peemedebista, a vaga ao Senado, sonhada pela ex-governadora, está reservada para a deputada federal Fátima Bezerra. Sobraria para ela, Wilma, a postulação à Câmara dos Deputados, o que no estágio atual não interessa à ex-governadora.
No caso do grupo da deputada federal Sandra Rosado, que desejava emplacar a sua filha deputada Larissa Rosado na vaga de vice de um candidato a governador do PMDB, essa possibilidade praticamente deixa de existir. O PSB não terá posição na chapa influenciada pelo Palácio do Planalto.
Ademais, Larissa Rosado tem dificuldade porque responde a processo de abuso de poder econômico nas últimas eleições municipais de Mossoró, inclusive condenada em primeiro grau à perda dos direitos políticos por oito anos. Ela recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), no qual o processo aguarda julgamento, e qualquer que seja o resultado subirá para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF).
O fato é que a exclusividade do PT nacional é a renovação do mandato da presidente Dilma Rousseff e os companheiros nos Estados vão ter que acompanhar essa decisão de cima para baixo. Aliás, nenhuma novidade em relação ao jeito PT de ser. Em nome de seus interesses, a democracia interna desce ao plano menor ou a nenhum plano.
Nas eleições de 2012, em Mossoró, o partido foi atropelado no projeto de candidatura própria à Prefeitura, sendo obrigado a indicar o vice da candidata derrotada Larissa Rosado.
E observe que, pela primeira vez, desde 1982, quando o PT participou da primeira disputa municipal, essa era a que o partido teria construído o melhor, ex-reitor da Ufersa Josivan Barbosa, hoje jogado ao ostracismo pelo próprio partido.
Fonte: Cezar Santos
Portanto, a posição do PT nacional, de confronto direto com o PSB de Eduardo Campos, alterou o cenário da sucessão estadual potiguar e, provavelmente, vai oferecer novas alternativas até 2014.