O PT potiguar enfrenta um paradoxo que não esperava. Sempre tratou o vice-governador Walter Alves (MDB) como figura secundária, quase protocolar. Agora, ele virou peça central da estratégia petista — e também seu maior problema interno, mais relevante que a própria oposição.
O foco do PT não é o Governo do Estado, mas a
eleição de Fátima Bezerra ao Senado e a formação de uma bancada federal. Para
isso, é essencial que Walter assuma o governo no prazo legal. Se ele não
aceitar, Fátima pode ser forçada a permanecer no cargo, inviabilizando sua
candidatura.
A alternativa seria uma eleição indireta na
Assembleia Legislativa, cenário arriscado para um governo de base majoritária,
porém frágil, e que pode perder o controle do Estado.
O resultado é simples e cruel: Walter Alves, que nunca foi prioridade, virou
necessidade. Um aliado que não empolga, não inspira e não comanda, mas cuja
decisão pode definir o futuro político de todo o grupo governista.
No
resumo cruel da política: Walter Alves não é desejado pelo PT, mas tornou-se
indispensável.
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