Os atrasos nos repasses de empréstimos consignados pelo
Governo do RN aos bancos continuam prejudicando servidores estaduais. Apesar de
os valores serem descontados mensalmente em folha, as instituições financeiras
não recebem as parcelas, e o governo não esclarece a situação. Reportagem da
Tribuna do Norte não obteve retorno do governo sobre questioamentos a respeito
dos fatos.
Na
Assembleia Legislativa, o deputado Gustavo Carvalho (PL) cobrou respostas sobre
o montante em atraso, a lista de débitos por banco, o destino dos valores
descontados e a previsão de regularização. Ele afirma que não recebeu retorno
nem do governo nem do Banco do Brasil, principal credor, e classifica a
retenção como “apropriação indevida”. Diante da falta de explicações, anunciou que
recorrerá ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público.
O
deputado Luiz Eduardo (SDD) reforça que atrasos são relatados desde julho, com
servidores sendo cobrados por parcelas já debitadas e até negativados. O
Sinsp-RN também denuncia que o governo parcela os descontos, mas não repassa
aos bancos, chamando o problema de “grave irregularidade” e citando casos de
servidores cobrados por cartórios por dívidas já descontadas em folha.
Em
agosto, o secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, reconheceu atrasos,
principalmente com o Banco do Brasil, que concentra 82% dos contratos. Segundo
ele, o Estado desconta cerca de R$ 96 milhões por mês em consignados, mas
enfrenta queda de arrecadação e aumento de despesas. Na ocasião, prometeu
normalizar os repasses até dezembro e evitar negativação de servidores.
Com informações de Tribuna do Norte
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