Os depoimentos de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e
de Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília, à Polícia Federal,
nesta terça-feira (30), mostraram versões divergentes. As contradições reforçam
a possibilidade de uma acareação — confronto direto entre os envolvidos — já
autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do STF.
A decisão final sobre o confronto fica a cargo da
delegada da PF responsável pelas oitivas, que são feitas separadamente, na sala
de audiências do Supremo, acompanhadas por representante da PGR e por um juiz
auxiliar do gabinete de Toffoli. Também deve depor Ailton de Aquino, diretor do
Banco Central.
O caso envolve suspeitas de fraudes financeiras de grande
porte no processo de liquidação do Banco Master. As investigações começaram em
2024, após pedido do MPF, que investiga suposta fabricação de carteiras de
crédito “insubsistentes” vendidas a outra instituição e, depois, substituídas
por ativos sem avaliação técnica do Banco Central.
Em 18 de novembro, o BC decretou a liquidação
extrajudicial do Master e de sua corretora de câmbio, bloqueando a venda da
instituição anunciada um dia antes.
O banco já era visto pelo mercado como arriscado, baseado
na emissão de papéis garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos com taxas
acima da média. O sigilo da investigação mantém depoimentos e eventuais
acareações a portas fechadas.
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