Olho D'água do Borges/RN -

Desculpa da Magnitsky não ajuda Alexandre de Moraes

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto) tirou da cartola uma desculpa para justificar suas visitas ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Mas sua desculpa não vai ajudá-lo muito.

Segundo reportagem de O Globo de segunda, 22, Moraes conversou com Galípolo ao menos três vezes por telefone, e uma presencialmente. Moraes queria saber sobre o andamento da operação “de venda do Master para o BRB e, em julho deste ano, pediu que o presidente do BC fosse ao seu encontro“.

Moraes, ainda segundo O Globo, “disse que gostava de [Daniel] Vorcaro” e que “o Master era combatido por estar tomando espaço dos grandes bancos“. O ministro do STF pediu, ainda, que o BC aprovasse o negócio com o BRB.

A justificativa de Moraes, divulgada nesta terça, 23, traz a seguinte mensagem: “O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o presidente e o vice-presidente jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.

Em primeiro lugar, a nota de Moraes confirma que o juiz encontrou-se com Galípolo, o que referenda, ainda que parcialmente, a reportagem de O Globo.

Segundo: ao arrumar essa desculpa, Moraes afirma de maneira descarada que movimentou oito integrantes do primeiro escalão de Brasília e do setor privado em causa própria.

As sanções do governo americano via Lei Magnitsky afetavam Moraes como pessoa física.

Não foi uma medida contra o STF ou contra o Brasil, que exigisse uma resposta institucional.

Para conseguir esses encontros, Moraes, obviamente, usou de seu cargo.

Não é qualquer um que, no Brasil,

Crusoé

 

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