Restando apenas alguns dias para o ano terminar, o
vice-governador Walter Alves não dá qualquer sinal de que pretenda comunicar à
governadora Fátima Bezerra suas decisões políticas. Fátima aguarda que Waltinho
informe se assumirá ou não o Governo quando ela renunciar, em abril do próximo
ano.
O PT entende que não precisa fazer uma cobrança pública
para que o vice se manifeste. Waltinho, por sua vez, avalia que não tem
obrigação alguma de decidir isso agora. O impasse, portanto, permanece.
O grande problema é que o PT está praticamente paralisado
em sua estratégia eleitoral para 2026. Não consegue encaminhar nenhuma decisão
sem antes saber qual será o movimento do vice-governador. Basta observar as
entrevistas de Natália, Mineiro, Isolda e Francisco: todos demonstram hesitação
nas declarações, reflexo da perda de controle do cenário.
Diante do silêncio de Waltinho, o PT decidiu sustentar
que “vale o combinado”. Em outras palavras, enquanto o MDB não se posiciona
oficialmente, o partido mantém a narrativa de que Waltinho assumirá o Governo e
apoiará as candidaturas de Cadu e de Fátima, conforme o acordo firmado. A
estratégia é prolongar o faz de conta.
Mesmo sem clareza sobre o futuro, o PT tenta desenhar
alternativas. Surgem o plano A, o plano B e o plano C. Nos planos A e B, a
renúncia de Fátima é mantida. No plano A, o PT preserva a caneta; no plano B,
perde o comando do Governo. Já no plano C, Fátima não renuncia.
Como é Waltinho quem controla o tempo do jogo, a ordem no
PT é ensaiar jogadas e aguardar que o vice-governador, enfim, dê a largada.
Gazeta Potiguar
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