Foram tantas
graves denúncias em torno dos poderosos este ano, que 2025 terá de ser lembrado
como o retorno dos escândalos em série no País. O ano mal havia começado e um
ministro petista pediu para sair acusado de usar verba pública para ajudar uma
fazenda da família. Foi só um gostinho. O prato principal foi servido na forma
da fraude ao INSS, que tungou ao menos R$10 bilhões dos aposentados, o maior
roubo da História do Brasil, maior até que o famoso Petrolão, desvendado pela
Lava Jato, também enterrada este ano. Isso sem nem entrar nos empréstimos
consignados, universo de R$90 bilhões. Foram tantos os enrolados nessa
avalanche, que até Lulinha, filho do presidente, voltou às manchetes acusado de
receber mesada de R$300 mil do operador do esquema. Pouquíssimo tempo depois, o
liquidado Banco Master revelou ligações da mais alta cúpula do Judiciário com
interesses nada republicanos. Mas, para Paulo Gonet, novo Engavetador-Geral da
República, não há nada demais. Surpresa zero.
Esculacho de Lata
O troféu vai
para o Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2025 não parou de demonstrar seu
desapreço pelo Congresso Nacional, que, sem reagir, viu suas prerrogativas e
decisões anuladas em escala industrial.
Destaque ‘Isso boia’
Antes
desconhecido, Antonio Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, emergiu das
profundezas do submundo para boiar em águas revoltas, como personagem-símbolo
do roubo bilionário aos velhinhos do INSS.
Troféu ‘Quem Mandou?’
Para Eduardo
Tagliaferro, ex-assessor que denunciou abusos do ministro Alexandre de Moraes e
acabou experimentando o inferno com o qual colaborou, agora acusado de
participar da suposta “tentativa de golpe”.
Taça ‘Eu avisei’
Para a
advertência dos brasileiros de bem de que não tinha o menor perigo de dar certo
a escandalosa decisão do STF autorizando ministros a julgarem processos de
interesse de seus próprios familiares.
Diário do Poder
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