A fala do vice-governador Walter Alves (MDB), em
solenidade esta semana na Assembleia Legislativa, soou com grande abalo. “Nem
esquerda, nem direita. A gente é centro”, disse ele. Até aqui, não trouxe
novidades. Embora compondo o Governo de Fátima Bezerra (PT), Walter jamais
integrou o espectro do qual o PT faz parte.
A questão maior de sua declaração foram os segredos
expostos. Sabe-se que ele hesita sentar-se na cadeira de governador em abril,
acredita-se até que não assumirá, ante as contas em frangalhos e a arapuca em
que pode cair, atingindo fortemente sua vida política. Sua atitude deixa claro
que ele não quer buscar se envolver em polarização mais extremada nem se tornar
uma espécie de extensão do Governo Fátima, caso decidisse, porventura, assumir o
Governo. Ele pode, por outro lado, traçar novas rotas.
Em outras palavras, as declarações de Walter que demarcam
seu espaço ao centro escancaram sua intenção por outra alternativa às eleições
do ano que vem. E que aponta para o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, este
ocupando espaço mais moderado entre os nomes colocados até aqui. Inclusive, o
prefeito não vê a união com Walter como algo improvável, desde que decida pelo
rompimento com o governismo. Allyson já está no centro. Walter diz que é de
centro também. Será que se encontrarão?
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