O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração
Direta do RN (SINSP/RN) denunciou nesta quinta-feira (31) o atraso no pagamento
dos pensionistas do Estado, que só devem receber seus vencimentos no dia 4 de
novembro, segundo previsão do próprio governo. A entidade classificou o
episódio como “um dos atos mais cruéis da gestão Fátima Bezerra”.
De acordo com o SINSP, a decisão descumpre o calendário
oficial de pagamentos e demonstra “descaso com quem já dedicou anos de trabalho
ao Estado”. O sindicato acusa o governo de adotar uma “escolha política
deliberada”, privilegiando alguns grupos enquanto deixa de fora milhares de
pessoas que dependem exclusivamente da pensão para sobreviver.
“Enquanto a governadora comemora o pagamento dentro do
mês para alguns, fecha os olhos para o sofrimento daqueles que vivem da pensão.
Essa manobra expõe a falácia do discurso de defesa dos servidores”, afirma a
nota da entidade.
O sindicato enfatiza que o atraso afeta diretamente
homens e mulheres que ajudaram a construir o serviço público potiguar, e
critica o contraste entre o discurso de origem popular do governo e as ações
que, segundo o SINSP, violam direitos e criam desigualdade entre categorias.
A entidade sindical repudiou o que chama de
“discriminação inadmissível” e declarou que continuará mobilizada em defesa dos
servidores e pensionistas. “Não aceitaremos pacotes de benesses para alguns da
elite em detrimento do esquecimento de outros”, diz o texto.
O SINSP também destacou que o adiamento do pagamento tem
impactos diretos na vida das famílias, que ficam sem condições de arcar com
despesas básicas. “A data de 4 de novembro não é mera formalidade: são cinco
dias de contas que não fecham, remédios que ficam na farmácia e comida que some
da mesa”, reforça o sindicato.
Em tom de alerta, a nota conclui: “A governadora que
prepare o calendário — e a justificativa — porque a cobrança por respeito e
isonomia só vai aumentar.”
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