Está em curso o que pode ser chamado de última tentativa
de aproximação entre o senador Rogério Marinho e o prefeito de Mossoró, Allyson
Bezerra. O movimento é articulado e busca colocar os dois lados frente a
frente, na tentativa de encontrar os elementos comuns que possam uni-los.
A iniciativa vem sendo alimentada por declarações sucessivas de lideranças
de ambos os grupos, todas reforçando a necessidade de união. O deputado
estadual José Dias (PL) afirmou que a junção dos dois campos é o melhor caminho
para encerrar o domínio político do PT no Rio Grande do Norte. Logo depois, o
deputado federal Benes Leocádio (União Brasil) declarou que, unidos, os dois
lados garantiriam a vitória ainda no primeiro turno.
A sequência de manifestações continuou com o deputado
estadual Nélter Queiroz, que resumiu o sentimento comum: Rogério quer Allyson,
Allyson quer Rogério, e ambos têm o mesmo objetivo — vencer o grupo da
governadora Fátima Bezerra.
Dentro desse propósito, uma missão específica foi atribuída ao prefeito de
Natal, Paulinho Freire, que transita com facilidade entre os dois grupos. A
ideia é que ele atue como articulador, promovendo um encontro direto para
negociar uma possível convergência.
Na semana passada, o próprio Paulinho já iniciou esse movimento,
declarando que a união da direita deve ser buscada até o fim e que o diálogo
deve partir daquilo que une, e não do que divide.
Na reunião marcada para quinta-feira pela Federação Progressista, formada
pelo União Brasil e pelo PP, e que contará com a presença de Paulinho, um dos
temas que deve subir à pauta é justamente a possibilidade de unir os dois
lados.
O prefeito Allyson Bezerra já afirmou que não se negará a
conversar com o PL e que entende que a política se faz por meio do diálogo —
uma fala interpretada como sinal de abertura para o avanço das tratativas. São
muitas as vozes que defendem essa reaproximação, e todos os deputados federais
dos dois grupos concordam com a ideia.
Ainda assim, questões delicadas permanecem como obstáculos: a aliança de
Allyson com Zenaide Maia, a difícil convivência entre Styvenson Valentim e o
prefeito de Mossoró, e o impasse central sobre quem abriria mão da candidatura
ao Governo.
Mesmo assim, está em curso a última tentativa de junção. A depender do
resultado dessa articulação, os projetos políticos de cada lado seguirão rumos
definitivos após esta etapa.
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