A UERN voltou ao centro das discussões públicas,
desta vez após a declaração do deputado estadual Tomba Farias (PL), que afirmou
que o Governo do Rio Grande do Norte não teria condições de continuar bancando
a universidade. A fala reacendeu um debate antigo: o peso financeiro que a
instituição representa para o Estado.
Independentemente das paixões
que o tema desperta, é inegável que a manutenção da UERN exige recursos
significativos em um momento em que o governo enfrenta dificuldades fiscais e
precisa atender a diversas outras demandas urgentes. Enquanto seus defensores
destacam o papel social e acadêmico da universidade, o impacto orçamentário
permanece como um ponto sensível — e frequentemente ignorado.
A relevância da UERN para o
desenvolvimento regional não está em discussão. O que se questiona é a viabilidade financeira
de uma universidade estadual em um país onde a Constituição coloca o ensino
superior como responsabilidade primária da União. Esse descompasso entre dever
legal e prática administrativa recai diretamente sobre o contribuinte potiguar.
Assim, mais do que discursos apaixonados, o tema exige uma análise fria, técnica e transparente — exatamente o tipo de reflexão provocada pelas declarações de Tomba.
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