| Foto Ilustrativa |
A
governadora Fátima Bezerra segue firme em sua maratona de agendas pelo interior
do Rio Grande do Norte, multiplicando eventos que, à primeira vista, parecem
grandes entregas e anúncios de obras estruturantes. Mas, na prática, o que se
vê é uma sequência de solenidades embaladas por discursos, aplausos e,
principalmente, assinaturas — no papel.
De
município em município, a cena se repete: palanque montado, faixas coloridas,
microfones abertos, fotos oficiais e promessas caprichadas. Porém, ao final de
cada cerimônia, o resultado concreto se resume a convênios, ordens de serviço e
protocolos de intenções que raramente saem do discurso para o chão da obra.
Enquanto
a propaganda tenta sustentar a narrativa de um governo que “faz e entrega”, a
realidade continua desafiadora. Estradas seguem esburacadas, hospitais padecem
com falta de estrutura, a insegurança cresce e o funcionalismo público ainda
vive sob a sombra da incerteza salarial.
Como
dizem os mais experientes, “papel aceita tudo” — e parece ser nele que boa
parte da gestão estadual tem encontrado amparo. Até o fim de março do próximo
ano, é provável que o ritmo das “inaugurações de papel” se intensifique,
impulsionado pelo calendário político e pela pressa em tentar mostrar serviço
antes que o tempo cobre resultados de verdade.
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