A escolha do presidente Lula (PT) para a vaga deixada por
Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma crise entre o
Planalto e o comando do Senado, cujo presidente, Davi Alcolumbre (União-AP),
pressionava pela escolha do seu parceiro, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
O anúncio de Jorge Messias, atual advogado-geral da
União, nesta quinta (20), foi recebido com irritação pelo presidente do Senado,
que esperava ser informado previamente da decisão. Ele se queixou de que não
recebeu qualquer contato de antes da indicação, tampouco do líder do governo no
Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
“Não recebi nenhum telefonema
do presidente Lula, nem mesmo do líder do governo, Jaques Wagner, sobre a indicação
de Messias”, declarou.
Político da velha guarda, que dedica o mandato ao
“garimpo”de catgos para indicar seus apadrinhados, Alcolumbre usou sua posição
de “dono da pauta” do Senado para bajular Lula para tornar o petista
“agradecido”, sem condições de recusar a indicação que fez de Pacheco para a
vagada no STF.
A demora do anúncio, que já incomodava o próprio STF, foi
provocada exatamente pela tentativa de Lula de “administrar” Alcolumbre, até
que cansou e anunciou Messias de surpresa.
Horas depois do anúncio, o presidente do Senado informou que irá pautar projetos que desagradam o governo, já a partir da próxima terça-feira (25), como a votação da proposta de previdência de agentes de saúde, que deve ter impacto bilionário para municípios e para União.
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