A política do Rio Grande do Norte guarda uma lição que se
repete como um relógio: quem larga na frente nem sempre cruza a linha de
chegada. A história é generosa em exemplos de candidatos que desfilaram como
campeões nas pesquisas, embalaram seus aliados na certeza da vitória… e
acabaram atropelados pela realidade das urnas.
Foi assim quando Djalma Marinho parecia imbatível em 1960
e assistiu Aluízio Alves virar o jogo. O mesmo roteiro se repetiu com Geraldo
Melo diante de João Faustino. Garibaldi governava “de férias” antes de perder
para Wilma de Faria. Henrique Alves viveu situação idêntica e viu Robinson Faria
levar a melhor. E Carlos Eduardo, que abriu larga vantagem nas sondagens,
terminou rejeitando o apoio de Álvaro Dias — e pagou caro pelo erro.
Hoje, o protagonista é outro: Alysson Bezerra surge como
líder nas pesquisas. Mas o enredo começa a mostrar rachaduras. Os primeiros
sinais de desgaste, ainda sutis, já aparecem. E quem conhece a política
potiguar sabe: quando o favoritismo começa a perder brilho antes da campanha
pegar fogo, o risco de desandar é grande.
O RN tem tradição de desmontar certezas. E Alysson pode estar entrando justamente nesse mesmo roteiro — o dos candidatos que pareciam imbatíveis… até deixarem de ser.
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