Olho D'água do Borges/RN -

MPRN pede audiência urgente na Justiça sobre falta de insumos em hospitais estaduais do RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 47ª Promotoria de Justiça de Natal, protocolou nesta terça-feira 26 uma manifestação na Justiça pedindo a designação de audiência urgente com o Estado.

O objetivo é buscar soluções para o desabastecimento de medicamentos e insumos em hospitais da rede da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

Na petição, o MPRN cita o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Hospital Maria Alice Fernandes, Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Geral Dr. João Machado e o Hemonorte. Segundo o órgão, em alguns casos a falta de materiais comprometeu a rotina assistencial e elevou índices de infecção hospitalar.

No Walfredo Gurgel, denúncias de agosto de 2025 apontaram a falta de luvas, álcool, lençóis e medicamentos, com familiares de pacientes tendo que comprar itens por conta própria. No Hospital Santa Catarina, em janeiro de 2025, a falta de estoque chegou a 41,33%. Já no Hospital Geral Dr. João Machado, relatório de agosto levou a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar a recomendar bloqueio de leitos caso não houvesse condições mínimas de segurança.

A manifestação tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal e pede a intimação dos secretários estaduais de Saúde e da Fazenda, do diretor da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), além dos diretores dos principais hospitais e do Hemonorte.

De acordo com o MPRN, o desabastecimento ocorre por dívidas acumuladas, falta de credibilidade financeira junto a fornecedores e excesso de burocracia nos processos de compra. A Promotoria anexou dados orçamentários de 2025 que apontam redução nos gastos com saúde no primeiro semestre em comparação a 2024, com queda de 67,90% nas despesas liquidadas e de 68,14% nas despesas pagas.

O órgão afirma ainda que o contingenciamento de recursos do Tesouro Estadual pela Secretaria de Fazenda provocou déficit de mais de R$ 141 milhões entre janeiro e maio de 2025, considerando os valores previstos na Lei Orçamentária Anual e os efetivamente repassados ao Fundo Estadual de Saúde.

Segundo dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), de maio de 2025, o Rio Grande do Norte ocupa a penúltima posição no ranking nacional de gastos próprios com saúde e a última colocação entre os estados do Nordeste.

Agora RN 

Campanha de CNHs gratuitas no RN levanta suspeitas de uso político-eleitoral

 

Durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), nesta terça-feira (26), o deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) criticou duramente a campanha anunciada pelo Governo do Estado, que prevê a emissão de mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) gratuitas por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN).

A iniciativa, amplamente divulgada nas redes sociais por aliados do governo e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT), foi apresentada como um grande feito da gestão estadual, mas levanta suspeitas quanto ao seu uso com fins eleitorais.

Embora a concessão gratuita de CNHs possa ser classificada como uma medida de inclusão social, a forma e o momento em que a ação foi lançada despertam questionamentos. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Finanças, Carlos “Cadu” Xavier, apontado como pré-candidato ao governo do RN. Para o deputado Gustavo Carvalho, o uso de um programa social como vitrine de promoção pessoal configura possível campanha eleitoral antecipada.

"O povo potiguar merece respeito e precisa de uma gestão eficiente, não de propaganda oficial disfarçada de ação social. Utilizar recursos públicos para promover pré-candidatura é uma prática condenável e precisa ser investigada", afirmou o parlamentar.

Segundo ele, a medida representa um desvio de finalidade e pode configurar abuso de poder político, além de uso indevido da máquina pública. A oposição defende que o Ministério Público e os órgãos de controle fiscalizem a campanha, a fim de averiguar possíveis irregularidades.

O Rio Grande do Norte precisa de ações concretas para solucionar os reais problemas enfrentados pela população. "Enquanto o governo investe em ações eleitoreiras, os potiguares continuam sofrendo com a precariedade na saúde, na educação, nas estradas, na segurança pública e na crise fiscal que se agrava a cada dia.

Gás natural do RN é o mais caro do Nordeste e preocupa motoristas

 

O Rio Grande do Norte aparece com o maior preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do gás natural veicular (GNV) entre os estados do Nordeste e, em nível nacional, abaixo apenas do Distrito Federal (R$ 6,78). De acordo com tabela divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o valor de referência do combustível em território potiguar será de R$ 5,14 por metro cúbico a partir de 1º de setembro. O levantamento considera os dados enviados pelos próprios estados ao Ministério da Fazenda e serve de base para o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), impactando diretamente no valor repassado ao consumidor.

Na comparação regional, o preço do GNV no RN supera o do Ceará (R$ 5,13) e da Paraíba (R\$ 5,03). Já Bahia (R$ 3,69), Alagoas (R$ 4,66) e Sergipe (R$ 4,98) terão os valores mais baixos. Apenas Alagoas e Paraíba registraram redução em relação à tabela anterior.

Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), o custo elevado do produto tem provocado retração no consumo e reduzido o interesse por conversões de veículos. “O preço do GNV muitas vezes fica mais caro que o etanol e muito próximo ao da gasolina. Isso faz o consumidor migrar para outros combustíveis”, afirmou o presidente da entidade, Maxsuel Flor.

O dirigente acrescenta que a carga tributária é um dos fatores que pesam na formação do preço. “Seria necessário adotar uma alíquota de ICMS que incentivasse mais o consumo, como ocorre em Pernambuco e na Paraíba, onde é de 12%. Aqui, além disso, tivemos em agosto a mudança da bandeira tarifária de energia para a vermelha – patamar 2, que é a de maior custo. A energia pesa muito na composição do preço do GNV”, destacou.

Em nota, a Companhia Potiguar de Gás (Potigás) explicou que o PMPF – preço médio ponderado ao consumidor final – não reflete diretamente a tarifa praticada pela empresa, mas sim os valores efetivamente cobrados nos postos de combustíveis. Atualmente, a estatal repassa o metro cúbico do gás ao valor de R$ 4,04, já incluindo todos os impostos, conforme tabela homologada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do RN (Arsep). 

Tribuna do Norte.

Região Oeste terá disputa acirrada por vagas na Assembleia Legislativa nas eleições de 2026

 

A corrida por uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte promete ser intensa na região Oeste nas eleições de 2026. Em Mossoró, pelo menos cinco nomes já despontam como pré-candidatos: a primeira-dama Cinthia Pinheiro (PSD), Jorge do Rosário (PL), Geovani do Melão (PL), a ex-deputada Larissa Rosado (PSB) e a atual deputada estadual Isolda Dantas (PT).

No entanto, a disputa vai além dos nomes mossoroenses. Outros políticos com base no Oeste também devem entrar na briga por uma cadeira no Legislativo estadual. Entre eles, os deputados estaduais Galeno Torquato, Neilton Diógenes, Ivanilson Oliveira, Dr. Kerginaldo e Dr. Bernardo, que tentarão a reeleição.

O cenário ainda inclui o ex-deputado Getúlio Rêgo, o ex-prefeito de Apodi, Alan Silveira, e o ex-prefeito de Patu, Rivelino Câmara. Também são cotados nomes como o do desembargador aposentado Expedito Ferreira e da prefeita de Pau dos Ferros, Mariana.

Com tantos nomes na disputa, a região Oeste se destaca por apresentar um número expressivo de pré-candidatos, o que deve acirrar ainda mais a luta por espaço na Assembleia Legislativa.

Com Lupi & cia, veja lista de convocados para a CPMI do Roubo do INSS

 

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do roubo do INSS aprovou nesta terça-feira (26), uma série de convocações para esclarecer as denúncias de descontos fraudulentos em aposentadorias. 

A CPMI deve abrir sua primeira sessão, nesta quarta-feira (27), votando um mínimo de 35 requerimentos dos quase 1.000 já protocolados, incluindo a convocação de quem deve muitas explicações sobre a bandalheira, do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, suspeito de omissão, a dirigentes de sindicatos e associações beneficiados com o afano bilionário e de órgãos que tinham o dever funcional de investigar tudo. 

Os parlamentares convocaram nesta terça-feira (26), 17 autoridades, incluindo o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, que deixou o cargo no dia 2 de maio deste ano,  após a série de escândalos em torno do roubos de aposentados.

Veja quem são as autoridades convocadas:

  • Carlos Roberto Lupi — ex-ministro da Previdência Social;
  • Carlos Eduardo Gabas — ex-ministro da Previdência Social;
  • José Carlos Oliveira (Ahmed Mohamad Oliveira Andrade) — ex-ministro do Trabalho e Previdência;
  • Marcelo Abi-Ramia Caetano — ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda;
  • Lindolfo Neto de Oliveira Sales — ex-presidente do INSS;
  • Renato Rodrigues Vieira — ex-presidente do INSS;
  • Leonardo José Rolim Guimarães — ex-presidente do INSS;
  • Alessandro Antonio Stefanutto — ex-presidente do INSS;
  • Elisete Berchiol da Silva Iwai — ex-presidente do INSS;
  • Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano — ex-presidente do INSS;
  • Glauco André Fonseca Wamburg — ex-presidente do INSS;
  • Leonardo de Melo Gadelha — ex-presidente do INSS;
  • Edison Antônio Costa Britto Garcia — ex-presidente do INSS;
  • Francisco Paulo Soares Lopes — ex-presidente do INSS;
  • Eliane Viegas Mota — diretora de Auditoria de Previdência e Benefícios da CGU;
  • Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi — delegado da Polícia Federal;
  • Patrícia Bettin Chaves — coordenadora da Câmara de Coordenação e Revisão Previdenciária da Defensoria Pública da União (DPU);
  • Eli Cohen — advogado responsável pelas investigações particulares iniciais que culminaram na deflagração da Operação Sem Desconto.

O colegiado aprovou ainda, diversos pedidos de informação e acesso a documentos, com o objetivo de aprofundar as investigações. Entre eles estão:

  • Controladoria-Geral da União — acesso a documentos e auditorias sobre descontos indevidos em benefícios do INSS, com foco na Operação Sem Desconto;
  • Polícia Federal — acesso aos autos da Operação Sem Desconto;
  • Supremo Tribunal Federal — informações sobre inquéritos e ADPFs relativas a descontos ilegais e ressarcimento das vítimas;
  • DPU — acesso a procedimentos envolvendo descontos indevidos;
  • TCU — relatórios de auditoria e fiscalizações;
  • INSS e Ministério da Previdência — processos administrativos e sindicâncias instaurados desde 2015;
  • Conselho Nacional de Previdência Social — atas e documentos de reuniões sobre gestão de descontos;
  • Procuradoria-Geral da República — autos de inquéritos e procedimentos relacionados às fraudes.

Fonte: Claudio Humberto

O QUE FALTA?: PF pede a Moraes policiais dentro da casa de Bolsonaro para evitar fuga

 

A Polícia Federal pediu nesta terça-feira (26) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que permita uma equipe policial dentro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em tempo integral, para garantir o cumprimento da prisão domiciliar e evitar fuga.

Mais cedo, o ministro acolheu um pedido da PF e um parecer favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República) para permitir agentes policiais ao redor da casa do ex-presidente para monitoramento em tempo real.

Em ofício assinado pelo diretor-geral, Andrei Rodrigues, a PF diz que para “garantir a efetividade da medida (manutenção da prisão domiciliar) seria imperiosa a determinação para uma equipe de policiais permanecer 24h no interior da residência, como há precedentes”.

O órgão cita o caso juiz Nicolau dos Santos, que respondeu por crime de corrupção, por desvio de recursos, ocorrido de 1994 a 1998. Os valores seriam usados na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo.

A PF argumenta no ofício que o monitoramento por tornozeleira eletrônica não é suficiente, já que “depende de sinal de operadora de telefonia para tanto, sendo possíveis falhas, ou mesmo interferências deliberadas para retardo da detecção de violações das condições”.

Na manifestação da PGR, foi recomendado apenas equipe policial ostensiva de prontidão para o monitoramento na casa do ex-presidente.

O diretor da Polícia Federal alega que as medidas sugeridas pela PGR exigiriam a presença física de vários servidores no condomínio de Bolsonaro, com fiscalização rigorosa dos acessos e veículos. No entanto, do ponto de vista operacional, isso seria inviável e causaria desconforto aos moradores, contrariando os próprios objetivos da Procuradoria.

Ainda na noite desta terça, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou o ofício da PF para um novo posicionamento da PGR.

A intensificação das medidas de segurança em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro acontece a poucos dias do início do julgamento no Supremo Tribunal Federal, marcado para 2 de setembro.

Ele e outros sete réus são acusados de integrar o chamado “núcleo crucial” de uma organização criminosa responsável por uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

CNN 

Governo do RN tem dívida ativa de R$ 44 milhões com Natal, diz secretário

 

O Governo do Estado possui Dívida Ativa com a Prefeitura do Natal estimada em R$ 44 milhões, considerando os últimos cinco anos. O volume, referente à chamada cota-parte sobre a arrecadação que o Estado tem de ICMS e IPVA pagos com atraso, ainda carece de confirmação pela Prefeitura, uma vez que o Estado não confirmou ao Município o volume devido. De acordo com Vagner Araújo, secretário de Planejamento da capital, a estimativa foi feita aplicando-se o Índice de Participação Municipal (IPM) do ICMS e o valor proporcional à frota de veículos licenciada em Natal referente ao IPVA que o estado arrecadou mês a mês por meio da dívida ativa.

Para se chegar ao valor, foram considerados o repasse de 25% do ICMS arrecadado e de 50% do IPVA, com os devidos encargos e correção monetária, conforme estabelecido pela Constituição Federal. Sem respostas do Governo, Araújo disse que tem procurado alternativas aos ofícios enviados ao Executivo estadual para entender qual o valor exato da dívida. Para isso, ele solicitou os dados junto à plataforma e-SIC RN via Lei de Acesso à Informação (LAI) na semana passada. O gestor aguarda respostas em um prazo de cerca de 20 dias. “Esse prazo inicial pode ser prorrogado por mais 10 dias mediante justificativa expressa”, disse o secretário.

A TRIBUNA DO NORTE procurou o Governo, por meio da Secretaria de Fazenda (Sefaz), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Anteomar Pereira (Babá), presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), explicou que a falta de repasses não se restringe apenas à capital, mas a todos os 167 municípios potiguares. Ele disse que a Femurn está elaborando um levantamento para saber qual o montante da dívida. “Estamos acompanhando a questão, providenciando um levantamento. Por enquanto, o que sabemos é que esse compromisso da Dívida Ativa não está sendo cumprido pelo Estado com nenhum município”, falou.

Segundo Babá, em uma conversa recente com a Sefaz, foi dada uma previsão de início dos pagamentos junto aos municípios a partir do próximo mês. “Nos foi dada essa previsão de setembro, mas a gente sabe que já houve outros descumprimentos de prazos. Para se ter uma ideia, tivemos reunião com o Governo em março e junho deste ano, mas não houve nenhum avanço”, pontua o presidente da Fermurn.

 Veja mais aqui.

Álvaro Dias e Rogério Marinho reforçam alinhamento em Brasília

 

O ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, está em Brasília e hoje (25) teve um  encontro com o senador Rogério Marinho. A reunião, marcada por clima de proximidade e afinidade política, serviu para reforçar o alinhamento entre os dois líderes da oposição no Rio Grande do Norte.

Na pauta, uma análise do cenário nacional e, principalmente, as articulações em torno das eleições de 2026. Tanto Álvaro quanto Rogério deixaram claro que seguem no mesmo campo, lado a lado, debatendo os problemas do estado e mantendo o bloco oposicionista ativo.

O grupo, que também conta com a participação do senador Styvenson Valentim e do prefeito de Natal, Paulinho Freire, vai se consolidando como um dos principais polos de articulação no RN. Ainda não há definição sobre quem será o candidato da oposição ao governo do estado, mas a mensagem passada em Brasília foi a de unidade.

Segundo os bastidores, a certeza é de que as conversas continuarão e, no momento oportuno, a decisão sobre o nome a ser apresentado ao eleitor potiguar será tomada em conjunto.

Blog do Gustavo Negreiros. 

Allyson Bezerra lidera nas pesquisas, mas segue isolado, sem apoio de lideranças politica

 

É inegável: o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), lidera as pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado. O jovem prefeito aparece, hoje, como o nome com maior capital eleitoral espontâneo, principalmente no interior. Mas há outro fato, igualmente importante, que não pode ser ignorado: seu crescente isolamento político e administrativo, que começa a colocar em xeque seu futuro, antes mesmo da disputa de 2026 começar oficialmente.

No campo político, Allyson parece ter escolhido o caminho mais solitário possível. Ele rompeu com aliados importantes da direita potiguar, começando pelo senador Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao Governo do RN e uma das figuras mais influentes do setor conservador. A ingratidão política de Allyson se torna mais evidente se lembrarmos que foi Marinho, enquanto ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, quem abriu portas cruciais para a gestão do prefeito em Brasília — garantindo recursos, obras e visibilidade nacional.

Outro rompimento relevante foi com o senador Styvenson Valentim (PSDB), uma figura com capital político valioso no RN e que poderia ser um reforço importante no palanque de Allyson. Mas a relação entre eles azedou. Hoje, o prefeito conta apenas com o ex-governador José Agripino Maia, líder do União Brasil no Estado. Mesmo assim, enfrenta resistências internas, como a do prefeito de Natal, Paulinho Freire, que tem se mostrado mais alinhado com Rogério Marinho para a disputa estadual.

Do outro lado, na esquerda, alguns ainda alimentam a ilusão de uma aliança com a governadora Fátima Bezerra (PT). No entanto, basta acompanhar os ataques recentes para perceber que é justamente desse campo que vêm as críticas mais agressivas contra Allyson. A cada crise em Mossoró, o PT e seus aliados aumentam as investidas, tentando enfraquecê-lo. O mais preocupante é que o prefeito tem enfrentado isso praticamente sozinho, sem qualquer resposta coordenada da classe política estadual, que prefere observar de longe o desgaste de Allyson.

Os poucos aliados que permanecem ao lado de Allyson têm pouco ou nenhum peso político. A senadora Zenaide Maia (PSD), por exemplo, até aparece eventualmente ao seu lado, mas não tem o peso necessário para consolidar um projeto estadual relevante.

No campo administrativo, os sinais são igualmente preocupantes. A gestão, que foi inicialmente elogiada pela sua capacidade de entrega e pelo ritmo intenso, perdeu fôlego. Crises se acumulam, principalmente na saúde pública, enquanto o Palácio da Resistência já não inspira a confiança de antes — nem em Mossoró, nem em outras partes do Estado. As portas em Brasília se fecharam. Não há mais ministros dispostos a ajudar Allyson como fazia Rogério Marinho. A conexão com o Planalto se perdeu, e os recursos que antes chegavam com facilidade desapareceram.

Em termos jurídicos, o caso Erinaldo continua a pairar como uma ameaça silenciosa, mas que pode ser devastadora. A investigação segue no âmbito federal, sob o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), fora do alcance político de Allyson. Dependendo de como a situação evoluir, esse caso pode se tornar um ponto vulnerável para sua candidatura ao Governo, especialmente em um cenário de disputa acirrada.

Ao fim e ao cabo, Allyson parece ter perdido o controle da narrativa. Já não consegue mais pautar o debate político. Seu maior trunfo — a liderança nas pesquisas — está se mostrando insuficiente para sustentar um projeto estadual de grande porte. A popularidade está lá, mas sem base partidária, sem alianças fortes, e com o cerco político se fechando.

São muitos os que tentam minar o projeto de Allyson Bezerra. Esse clima de tensão e incerteza é tão palpável que nem o entusiasmo do Mossoró Cidade Junina consegue disfarçar. 

STF confirma constitucionalidade do Piso do Magistério no RN

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que o Piso Salarial dos(as) professores(as) da Rede Estadual do Rio Grande do Norte é um direito assegurado pela Constituição.

A decisão, unânime, restabelece a validade das Leis Complementares Estaduais que regulamentam o Piso do Magistério no RN e a metodologia de sua aplicação. O julgamento ocorreu após recurso do Ministério Público Estadual, que questionava a constitucionalidade da norma.

Durante o processo, o SINTE-RN contou com o suporte técnico de sua assessoria jurídica (Gondim, Marques, Cavalcanti & Garcia Advogados Associados) além da atuação direta do escritório Ayres Britto Consultoria Jurídica e Advocacia, responsável pela sustentação oral e apresentação de memoriais em defesa da categoria. 

Nilda exonera os cargos de Kátia Pires em Parnamirim e confirma rompimento após ações da vice-prefeita

 

O rompimento político entre a prefeita de Parnamirim, Nilda, e a vice-prefeita Katia Pires está consolidado.

O Diário Oficial publicou em edição extra exonerações de cargos de Katia: o marido e a filha Carol Pires, que também ocupava cargo de secretária.

Fontes próximas à gestão afirmam que a tentativa de Katia de minar o trabalho da prefeita foi decisiva para a decisão.

Bastidores apontam situações de extrema gravidade, levando Nilda a optar pelo afastamento imediato das ex-aliadas.

Exonerados

1. Fábio Falcão de Miranda – Secretário Municipal de Limpeza Urbana (SELIM).

2. Ana Carolina Carvalho de Lima Pires – Secretária Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR).

Confira a publicação das portarias no Diário Oficial aqui. 

Por 7 a 4, Câmara de Apodi aprova mudança na Lei do Nepotismo e vira alvo de críticas nas redes sociais

 

A Câmara Municipal de Apodi aprovou, na sessão desta quinta-feira (21), por 7 votos a 4, o projeto de autoria do vereador Ângelo de Dagmar (PP) que flexibiliza a lei municipal do nepotismo.  

A decisão abre espaço para que parentes de prefeito, vice-prefeito e vereadores possam ser nomeados em cargos de confiança e secretarias municipais, antes proibidos pela legislação de 2016.  

O projeto não foi bem recebido pelos apodienses e a aprovação gerou uma enxurrada de críticas nas redes sociais. 

O ponto que mais chamou atenção é que o próprio Ângelo foi o autor da lei de 2016, considerada um marco no combate ao favorecimento pessoal dentro da máquina pública. Na época, o vereador era oposição e criou a norma, que foi aplaudida pela população por estabelecer barreiras mais rígidas e que vedava a prática do nepotismo na administração pública. 

Agora, nove anos depois, o mesmo vereador liderou a iniciativa para derrubar parte dessa rigidez. Segundo ele, a mudança apenas adequa a lei local ao entendimento atual do Supremo, que permite exceções em cargos políticos de primeiro escalão, como secretários municipais.  

“A lei municipal ficou mais rígida que a súmula, vamos fazer essa modificação restringindo o número de nomeações. Permite a nomeação de cargos de primeiro escalão, com um diferencial, só será permitida a nomeação até dois parentes”, explicou Ângelo ao blog Apodi 360 na noite anterior.

Fonte: Apodi360

Do blog: E uma câmara municipal de vereadores tem poderes para aprovar leis que contrariem a Constituição ou a súmula vinculante do STF?

RN gasta 72% da receita total com pagamento de servidores, aponta Tesouro Nacional

 

O Rio Grande do Norte voltou a figurar no topo do ranking nacional de comprometimento da receita com gastos de pessoal e previdência, segundo o Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco (Estados + DF), divulgado pelo Tesouro Nacional no último dia 20. O levantamento, que traz dados do 3º bimestre de 2025 (maio-junho), aponta que 72% da receita total do Estado foi destinada ao pagamento de servidores, maior índice proporcional do país. Além disso, 38% de toda a despesa foi consumida pela previdência social, também a maior taxa entre os estados.

O relatório apresentado pela STN considera a receita total e a folha bruta liquidada, comparando estruturalmente o gasto dos estados, sem aplicar deduções legais específicas. Na prática, a edição do 3º bimestre revela que quase todo o orçamento do Rio Grande do Norte é consumido pela manutenção da máquina pública, restando apenas 2% para investimentos e outros 2% para o serviço da dívida. Outros 15% foram direcionados a despesas de custeio, enquanto a previdência despontou como o maior gasto funcional do Estado, somando R$ 4,03 bilhões até o 3º bimestre. Esse valor supera áreas essenciais, como Saúde (10%) e Educação (16%).

O déficit do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) atingiu R$ 1,104 bilhão em 2025, o equivalente a 12% da Receita Corrente Líquida (RCL), índice superior ao registrado em 2024, de R$ 873,4 milhões (10% da RCL). O crescimento do rombo previdenciário tem pressionado ainda mais as contas públicas e exigido aportes constantes do Tesouro estadual para garantir o pagamento de aposentadorias e pensões.

Mesmo com esse quadro, o RN registrou aumento de 12% na arrecadação de receitas correntes no período, passando de R$ 10,18 bilhões em 2024 para R$ 11,38 bilhões em 2025. No entanto, as despesas correntes avançaram em ritmo mais acelerado, crescendo 14% e alcançando R$ 10,18 bilhões. O resultado orçamentário ainda foi positivo, com superávit de R$ 940 milhões (10% da RCL), mas inferior ao saldo de R$ 1,44 bilhão (17% da RCL) de 2024, sinalizando redução na margem de equilíbrio fiscal.

No comparativo nacional, os dados confirmam o peso da folha potiguar. Depois do RN (72%), os estados com maior comprometimento da receita com pessoal foram Rio Grande do Sul (63%) e Mato Grosso do Sul (59%). No outro extremo, os menores percentuais foram registrados no Espírito Santo (41%) e nos estados do Amapá, Maranhão e Piauí (42%).

O economista e professor da UFRN, Thales Penha, avaliou que o relatório confirma problemas estruturais antigos das finanças potiguares. Para ele, os dois principais gargalos são a folha de pagamento em descompasso com a arrecadação e o déficit previdenciário crescente. “O RN tem um descompasso da sua folha de pagamento: ela cresce em uma velocidade maior do que a arrecadação”, explicou.

Veja matéria completa aqui.

Prefeito que apoia Fátima Bezerra para o Senado se coloca contra os interesses do povo potiguar

 

O Rio Grande do Norte vive um dos momentos mais críticos de sua história recente. Nossos hospitais estão em colapso: faltam medicamentos, profissionais da saúde e estrutura mínima para atender a população. Pacientes se acumulam nos corredores, enquanto famílias aguardam, sem esperança, por um atendimento digno.

Essa realidade não é fruto do acaso. É consequência direta da má gestão, da negligência e da falta de compromisso do governo de Fátima Bezerra com a população potiguar.

Chamar isso de “crise” é minimizar o tamanho da tragédia. O que vemos é um descaso completo com a vida humana. A omissão do governo estadual tem custado vidas diariamente — e a governadora permanece indiferente, distante da dor e das necessidades do povo.

E o caos não está restrito à saúde. Falta segurança, a educação amarga os piores índices, nossas estradas estão abandonadas, terceirizados e fornecedores enfrentam atrasos constantes, e o estado vive uma grave crise fiscal. Enfim, a gestão do PT no Rio Grande do Norte se transformou em uma tragédia administrativa sem precedentes.

Diante desse cenário, é inadmissível que qualquer liderança política comprometida com o bem-estar da população se alinhe a esse projeto de poder falido. O prefeito que apoia Fátima Bezerra para o Senado trai a confiança do povo, desrespeita o sofrimento das famílias e rompe com os princípios básicos da responsabilidade pública.

Apoiar Fátima Bezerra é fechar os olhos para o caos. É colocar interesses políticos e partidários acima da dignidade humana.

O povo do Rio Grande do Norte merece mais. Merece respeito, atenção e líderes que estejam ao seu lado — não ao lado de quem falhou de forma tão grave com o nosso estado. 

 
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