Em petição enviada ao relator do caso, o decano Celso de
Mello, os advogados alegam que a imprensa “vem divulgando trechos isolados do
depoimento”.
Por isso, escrevem, “com intuito de evitar interpretações
dissociadas de todo o contexto das declarações e garantindo o direito
constitucional de informação integral dos fatos relevantes – todos eles de
interesse público – objeto do presente Inquérito, não se opõe à publicidade dos
atos praticados nestes autos, inclusive no tocante ao teor integral do
depoimento prestado”.
“Considerando que a imprensa, no exercício do seu
legítimo e democrático papel de informar a sociedade, vem divulgando trechos
isolados do depoimento prestado pelo Requerente em data de 02 de maio de 2020,
esta Defesa, com intuito de evitar interpretações dissociadas de todo o
contexto das declarações e garantindo o direito constitucional de informação
integral dos fatos relevantes – todos eles de interesse público – objeto do
presente Inquérito, não se opõe à publicidade dos atos praticados nestes autos, inclusive
no tocante ao teor integral do depoimento prestado”, diz a petição da defesa do
ex-ministro.
A decisão será do Ministro Celso de Mello.
No depoimento, Moro desmentiu acusações de apoiadores
e militantes bolsonaristas de que gravou o presidente por mais de um
ano. Perante a PF, disse que isso é “absolutamente mentira” e que jamais
gravou diálogos com Bolsonaro.
O inquérito, que foi aberto pelo procurador-geral da
República, Augusto Aras, investiga o teor do discurso de Moro ao se despedir do cargo de ministro da justiça, no dia 24 de abril.
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