Vamos ter eleições este ano para eleger prefeitos (as) e
vereadores(as). É uma certeza carimbada pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). O que vai ser discutida é a data. Há um entendimento que os dias 4 e 25
de outubro, reservados para o dia do voto em primeiro e segundo turno, serão
riscados do calendário eleitoral. As eleições podem ocorrer em 15 de novembro,
como era no passado, com o segundo turno no último domingo do mês (29).
O ministro Luís Roberto Barroso, que assumirá a
presidência do TSE no finalzinho de maio, deu o mote para alertar os políticos:
não é possível a unificação das eleições em 2022 porque geraria “inferno
gerencial” ao TSE. Para o bom entendedor...
Será uma eleição atípica. A Covid-19 exigirá isso. Basta
observar que a disputa por 5.570 prefeituras e mais de 60 mil cadeiras de
vereador no País não está na pauta do dia. A pandemia do inimigo invisível
concentra e joga para último plano todos os outros temas. A manchete do jornal
é sobre o coronavírus, o noticiário das emissoras de rádio e televisão, idem, e
em todas as outras plataformas a pauta do dia é a mesma, Covid-19.
Em um ano eleitoral normal, a essa altura a pauta
político-eleitoral estava em alta temperatura. Definições de candidaturas,
formação de chapa, nominatas às câmaras municipais, bastidores fervilhando,
pesquisas e mais pesquisas para todos os gostos e desgostos. Tudo para depois.
A certeza é que esse depois chegará. Talvez, e
provavelmente, não com a mesma intensidade do cenário normal. E, daqui a pouco,
a sucessão municipal estará na mesa dos candidatos, com algumas novidades. A
principal delas é o fim das coligações proporcionais. A mudança exigirá outro
tipo de comportamento do candidato a vereador, uma vez que não existirá a sigla
nanica fazendo “esteira” para garantir a sua eleição.
Outro aspecto é a escassez de recursos para as campanhas.
Isso sugere estruturas menores, mas com boas estratégias e poder de mobilização
para chegar ao eleitor.
O ponto mais importante é o candidato entender como
encontrará o cidadão-eleitor. Não há, nesse momento, um estudo que preconize -
de forma aproximada - como as pessoas sairão da quarentena para a vida normal.
E como o candidato vai encontrar esse eleitor.
O que esse eleitor vai querer ouvir do candidato?
Talvez, uma dose de realidade seja o melhor caminho, bem
colocada para que as pessoas compreendam a ideia diante da exigência que se
dará pós-pandemia.
Bom. O fato é que vamos ter eleições. Serão inéditas
pelas circunstâncias, e com uma dose maior de responsabilidade do eleitor para
fazer a escolha certa.
O coronavírus não deixará espaço para erros.
Fonte: Cesar Santos.
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