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Weintraub fica calado em depoimento à PF um dia após governo tentar evitar na Justiça que ele fosse ouvido

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, decidiu ficar calado nesta sexta-feira (29), em depoimento para a Polícia Federal. Na quinta-feira (28), o governo tentou evitar na Justiça que ele fosse ouvido.

A Polícia Federal esteve no ministério da Educação na manhã desta sexta para ouvir Abraham Weintraub. Ministros de estado podem escolher onde prestar depoimento e foi feito dentro do prazo de cinco dias estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no inquérito que apura ofensas e ameaças contra os ministros da corte. Na reunião interministerial do dia 22 de abril, Weintraub falou em prender ministros do Supremo.

"Por mim botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”, disse, na ocasião, Abraham Weintraub, ministro da Educação.

Perguntado a respeito dos fatos, Weintraub respondeu, como fazem outros investigados, que desejava fazer o uso de seu direito constitucional de permanecer em silêncio. A lei garante que ninguém precisa produzir provas contra si mesmo.

A determinação de Alexandre de Moraes para Weintraub depor provocou reações no governo. Na quarta-feira (27) à noite, depois de se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência e com o advogado-geral da União, o ministro da Justiça apresentou ao Supremo um pedido de habeas corpus para evitar o depoimento de Weintraub.

O ministro argumentou que o pedido “é resultado de uma sequência de fatos que, do ponto de vista constitucional, representam a quebra da independência, harmonia e respeito entre os Poderes desejada por todos”.

Segundo André Mendonça, entre esses fatos está o que ele classificou de "divulgação desproporcional de vídeo classificado como secreto pela presidência da República, com fatos sem relação com o objeto do inquérito”.

Juristas e ex-ministros criticaram o pedido feito pelo ministro da Justiça. Qualquer ação nesse sentido caberia ao advogado-geral da União, e não à André Mendonça.

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