A Comissão de Administração da Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Norte recebeu nesta quarta-feira 27 o secretário estadual da
Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, convocado para prestar esclarecimentos sobre os
atrasos nos repasses dos empréstimos consignados dos servidores públicos.
O Estado possui atualmente cerca de 106 mil servidores
ativos, dos quais 50 mil têm algum tipo de consignação em folha, incluindo
empréstimos, contribuições sindicais e descontos de associações. No total, são
259 mil operações que somam aproximadamente R$ 96 milhões por mês.
O Banco do Brasil concentra 82% desse valor, em torno de
R$ 73,5 milhões, seguido por outros bancos com R$ 8,2 milhões e sindicatos e
associações com R$ 7,5 milhões.
Os repasses estão regulares para associações e demais
instituições financeiras, mas seguem pendentes com o Banco do Brasil. Xavier
afirmou que a expectativa é retomar o pagamento mensal a partir de setembro e
quitar as pendências até dezembro, quando também deve ser restabelecida a
oferta de novos empréstimos consignados.
O secretário informou que a folha de pagamento do Estado
cresceu 83% entre 2019 e 2025, passando de R$ 488 milhões para R$ 893 milhões,
enquanto as consignações representaram em média 8% a 10% do total. Ele atribuiu
as dificuldades à queda de arrecadação em 2024 e à recomposição salarial.
“É um atraso pontual a gente tem trabalhado junto às
instituições para regularizar essa questão ao longo do segundo semestre e já
disponibilizar ainda antes do final do ano, novamente, os empréstimos
consignados para os servidores”, declarou.
Durante a reunião, deputados questionaram o impacto do
atraso sobre os servidores e criticaram o acordo entre o governo e o Banco do
Brasil. Xavier esclareceu que não há negativação do servidor em razão dos
atrasos, apenas a impossibilidade temporária de realizar novos empréstimos, e
reiterou que o governo trabalha para regularizar a situação ao longo do segundo
semestre.
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