O Governo do Estado possui Dívida Ativa com a Prefeitura
do Natal estimada em R$ 44 milhões, considerando os últimos cinco anos. O
volume, referente à chamada cota-parte sobre a arrecadação que o Estado tem de
ICMS e IPVA pagos com atraso, ainda carece de confirmação pela Prefeitura, uma
vez que o Estado não confirmou ao Município o volume devido. De acordo com
Vagner Araújo, secretário de Planejamento da capital, a estimativa foi feita
aplicando-se o Índice de Participação Municipal (IPM) do ICMS e o valor
proporcional à frota de veículos licenciada em Natal referente ao IPVA que o
estado arrecadou mês a mês por meio da dívida ativa.
Para se chegar ao valor, foram considerados o repasse de
25% do ICMS arrecadado e de 50% do IPVA, com os devidos encargos e correção
monetária, conforme estabelecido pela Constituição Federal. Sem respostas do
Governo, Araújo disse que tem procurado alternativas aos ofícios enviados ao
Executivo estadual para entender qual o valor exato da dívida. Para isso, ele
solicitou os dados junto à plataforma e-SIC RN via Lei de Acesso à Informação
(LAI) na semana passada. O gestor aguarda respostas em um prazo de cerca de 20
dias. “Esse prazo inicial pode ser prorrogado por mais 10 dias mediante
justificativa expressa”, disse o secretário.
A TRIBUNA DO NORTE procurou o Governo, por meio da
Secretaria de Fazenda (Sefaz), mas não obteve retorno até o fechamento desta
edição. Anteomar Pereira (Babá), presidente da Federação dos Municípios do Rio
Grande do Norte (Femurn), explicou que a falta de repasses não se restringe
apenas à capital, mas a todos os 167 municípios potiguares. Ele disse que a
Femurn está elaborando um levantamento para saber qual o montante da dívida.
“Estamos acompanhando a questão, providenciando um levantamento. Por enquanto,
o que sabemos é que esse compromisso da Dívida Ativa não está sendo cumprido
pelo Estado com nenhum município”, falou.
Segundo Babá, em uma conversa recente com a Sefaz, foi
dada uma previsão de início dos pagamentos junto aos municípios a partir do
próximo mês. “Nos foi dada essa previsão de setembro, mas a gente sabe que já
houve outros descumprimentos de prazos. Para se ter uma ideia, tivemos reunião
com o Governo em março e junho deste ano, mas não houve nenhum avanço”, pontua
o presidente da Fermurn.
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