O líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho
(PL-RN), defendeu quatro condições – apresentadas pelo colega de bancada,
senador Flávio Bolsonaro (PL-RN), como “pacote da paz”, para a desobstrução da
pauta de votações das duas Casas do Congresso Nacional: a anistia ampla e
irrestrita aos acusados pelos ataques do 8 de janeiro em 2023, o impeachment do
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a proposta
de emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado.
“Nós esperamos agora que haja ponderação, haja bom senso e que possamos implementar as ações que estamos colocando para que nós possamos sair desse processo de obstrução da sessões”, explicou o senador Rogério Marinho, que entende a obstrução das votações como “medida extrema”, mas necessária porque há mais de 15 dias não consegue interlocução com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
“É um desrespeito com a casa e com o parlamento. O
senador Davi Alcolumbre pode ser aliado do governo, mas não pode ficar de costa
para a instituição e não pode ficar de costa para o parlamento. Ele representa
o conjunto do Congresso Nacional e precisa ouvir o parlamento”, cobrou Marinho.
“É necessário urgentemente, para que a população acredite
que de fato o Poder Legislativo que representa o povo é importante e haja de
verdade equilíbrio entre os Poderes e possamos resgatar os valores da
democracia liberal, que o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) entenda, é
necessário que ele tenha estatura nesse momento e permita a abertura do
processo de impedimento por crime de responsabilidade em desfavor do ministro
Alexandre Moraes”.
Ao lado de senadores e deputados federais da oposição, o
senador Rogério Marinho expôs em frente ao Congresso Nacional numa coletiva de
imprensa, expôs as razões para se exigir a votação de uma série de projetos no
Congresso Nacional: “Nós estamos vivendo um momento de exceção no país, há um
ovo da serpente, que é o inquérito das “fake news”, o inquérito do fim do
mundo”.
E citou episódios ocorridos com dois deputados federais
que em Brasília foram à praça pública, “que é do povo e representa a cidadania
brasileira, e de uma forma pacífica e ordeira, colocaram, inclusive, o
esparadrapo na boca, começaram um protesto contra a falta de liberdade de
expressão, o arbítrio e a censura que estabeleceu no país”, mas foram impedidos
de se manifestar por determinação de Alexandre de Moraes.
“De uma e meia da manhã o oficial de justiça que veio
retirá-los da praça pública por ordem do xerife geral do país, que é o ministro
Alexandre de Moraes no âmbito deste inquérito do “fake news” de sete anos, que
cabe tudo e tem centenas de outros inquéritos em função do inquérito
originário, foi simplesmente o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
(MDB, que foi acordado uma hora da manhã pelo ministro Alexandre de Moraes para
agir como se oficial de justiça o fosse, certamente amedrontado, coagido para
que fizesse um serviço ou uma ação que não lhe cabia”, disse Marinho
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