A oposição conseguiu reunir as 41 assinaturas necessárias
para protocolar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. No
entanto, esse número, por si só, ainda não é suficiente para que o processo
avance. O destino do pedido está nas mãos do presidente do Senado, Davi
Alcolumbre, que já deixou claro: não pretende dar andamento à proposta.
Alcolumbre foi direto ao conversar com líderes
partidários: “Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não coloco impeachment
de ministro do STF em votação”. A fala revela a barreira política que impede o
avanço do processo, independentemente do apoio formal da maioria dos senadores.
Caso o presidente do Senado decidisse abrir o processo,
Alexandre de Moraes seria afastado temporariamente de suas funções no Supremo
Tribunal Federal. Para que o impeachment fosse de fato aprovado, seria
necessário o voto favorável de dois terços dos senadores — um cenário ainda
distante.
Mesmo com posicionamento contrário do presidente do
senado, a maioria dos senadores, a movimentação da oposição tem peso político e
pode servir como recado: há descontentamento crescente e cobranças por limites
institucionais mais claros. A tensão entre poderes continua, e o impasse mostra
que o conflito está longe de chegar ao fim.
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