A governadora Fátima Bezerra (PT) está com a bussola
política desmagnetizada. Na tentativa de construir um projeto para 2026, a
petista vem fazendo movimentos que mais parecem tiros no escuro do que
articulações estratégicas. Fátima quer montar uma chapa ao Senado e também
desenha um palanque para o Governo do Estado, com o nome de Cadu Xavier como
aposta. Mas o que se vê, até aqui, são tentativas frustradas.
Primeiro, Fátima mirou alto, e estranho. Sondou Rosalba
Ciarlini, ex-governadora e antiga rival, para compor a chapa ao Senado. A
proposta seria Fátima na cabeça e Rosalba na segunda vaga. Rosalba mandou
avisar que está muito bem cuidando da família e exercendo a pediatria, longe da
bagunça partidária.
Sem sucesso, a petista virou o radar para outro nome
mossoroense, Fafá Rosado, também ex-prefeita. A ideia seria tê-la como suplente
ao Senado. Mas Fafá, que deixou o cargo sem consolidar um grupo político e hoje
conta basicamente com seu próprio voto e o do marido, o ex-deputado Leonardo
Nogueira, ainda não deu qualquer sinal de entusiasmo.
A mais recente cartada foi em Pau dos Ferros. Fátima
mirou na prefeita Marianne Almeida, que tem boa avaliação e liderança
consolidada na região. A governadora teria sugerido que Marianne largasse a
prefeitura para ser vice de Cadu Xavier. Mas a prefeita, sensata, não
demonstrou o menor interesse em abandonar um mandato sólido para se lançar numa
aventura incerta, ainda mais ao lado de um nome pouco conhecido fora da bolha
petista. Aliás, nos bastidores, Marianne tem flertado mesmo é com o prefeito de
Mossoró, Allyson Bezerra.
Ismael Souza.
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