No Rio Grande do Norte quem decide empreender precisa
mais que coragem: é o que apontam industriais que, mesmo após anos de atuação
no estado, enfrentam entraves burocráticos que beiram o absurdo. Um dos casos
mais emblemáticos é o das empresas instaladas no Centro Industrial Avançado, às
margens da BR-304, no município de Macaíba. Há mais de uma década essas
indústrias aguardam uma solução para o impasse envolvendo o licenciamento
ambiental.
Apesar dos esforços da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico (SEDEC), a morosidade dos órgãos responsáveis, como o Ministério
Público e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA),
impede avanços concretos. A indefinição prolongada trava investimentos,
compromete o crescimento do setor e coloca em risco a geração de empregos e de
impostos.
A ausência de uma solução equilibrada, que concilie
proteção ambiental com desenvolvimento econômico, escancara mais um gargalo na
administração pública estadual. Empresários relatam insegurança jurídica,
dificuldade de expansão e o sentimento de que o estado caminha na contramão dos
demais do Nordeste, onde o ambiente de negócios é mais estável e previsível.
Para muitos, o Rio Grande do Norte vai se consolidando
como um dos estados mais hostis ao empreendedorismo no país, e isso tem um
custo alto: menos desenvolvimento, menos renda e menos oportunidades para a
população.
Blog do BG
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