Representantes do agronegócio brasileiro elaboraram um
estudo no qual apontam um impacto de US$ 5,8 bilhões no setor, caso o tarifaço
de Donald Trump seja posto em prática a partir do dia 1º de agosto.
O estudo, obtido pela CNN, detalha que, em 2024, o Brasil
exportou US$ 12,1 bilhões em produtos do agronegócio com destino aos Estados
Unidos.
“Com base na elasticidade das importações de bens nos
Estados Unidos, estima-se uma queda de 48% no valor total pago pelas
importações. Isso representa uma perda de US$ 5,8 bilhões na receita dos
exportadores brasileiros com vendas de produtos do agronegócio aos EUA”, afirma
o documento.
O levantamento aponta ainda que o choque causado pelas
tarifas será “integralmente transmitido para os preços de importação” e que,
portanto, “uma elevação de 50% nas tarifas elevaria em 50% os preços
finais”.
“Alguns produtos sofrerão mais impacto que outros, como é
o caso dos sucos de laranja, em que a tarifa se tornaria impeditiva para o
produto brasileiro. Enquanto isso, produtos como o café verde teriam um impacto
relativo menor, devido à queda na oferta do grão no mercado internacional nos
últimos anos, o que torna a capacidade de substituição mais rígida”,
complementa.
O estudo trás o quanto cada setor perderia em percentual
de exportações aos Estados Unidos com o tarifaço:
- Sucos de laranja não congelados, não fermentados: 100%;
- Outras obras em madeira: 100%;
- Outros açúcares de cana, de beterraba e sacarose quimicamente pura, no estado sólido: 100%;
- Outras portas e seus caixilhos e soleiras, não classificados nos códigos anteriores: 93%;
- Álcool etílico não desnaturado com volume de teor alcoólico: 71%;
- Sebo de bovinos, ovinos ou caprinos: 50%;
- Outros açúcares de cana: 33%;
- Carnes de bovino, desossadas, congeladas: 33%;
- Café não torrado, não descafeinado: 25%;
- Pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato, semibranqueada ou branqueada: 25%.
CNN Brasil
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