A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte impôs uma
derrota ao Governo Fátima e aprovou, nesta quinta-feira 10, uma regra que
obriga o Governo do Estado a pagar pelo menos 50% das emendas parlamentares de
2026 até o mês de junho, ou seja, antes do período eleitoral.
A regra foi aprovada pelos deputados estaduais em votação
simbólica, isto é, com maioria visual, sem o registro dos votos de cada
parlamentar. Apenas um deputado discursou contra – o líder do governo na Casa,
Francisco do PT.
Plenário da Assembleia Legislativa do RN - Foto: João
Gilberto / ALRN
Atualmente, o governo estadual tem o ano inteiro para
liberar as emendas. Os recursos são transferidos de acordo com a
disponibilidade financeira e conveniência política.
Em 2026, a previsão é que cada deputado estadual do RN
tenha direito de indicar cerca de R$ 4,5 milhões na execução do orçamento. Com
a nova regra, pelo menos R$ 2,25 milhões deverão ser pagos até junho – o que
permitirá que parlamentares irriguem suas bases eleitorais com recursos antes
da chegada do período eleitoral.
Vale lembrar que, por lei federal, não é possível liberar
emendas parlamentares entre julho e outubro. Com isso, os deputados estaduais
do RN querem evitar chegar ao período eleitoral sem que suas emendas sejam
pagas pela gestão de Fátima Bezerra.
A
nova regra foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) –
que, depois de aprovada na Assembleia nesta quinta-feira de forma definitiva,
segue para sanção ou veto da governadora Fátima Bezerra (PT).
O deputado de oposição Coronel Azevedo (PL) registrou que
a regra “é uma emenda do parlamento, de respeito ao orçamento participativo”. O
líder do governo na Casa, deputado Francisco do PT, destacou uma possível
inconstitucionalidade da proposta apresentada uma vez que, segundo explicação
do parlamentar, para a emenda ser posta em prática, seria preciso alterar a
Constituição Estadual.
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