O município de Olho D’Água do Borges, enfrenta uma
situação crítica, apesar das chuvas registradas entre janeiro e maio terem
alcançado 693,4 mm, conforme informações no site da EMPARN — volume dentro da média histórica do semiárido nordestino. A
distribuição irregular das precipitações, no entanto, não foi suficiente para
garantir a produção agrícola nem a segurança hídrica da população.
As lavouras sofreram perdas totais, com destaque para
culturas tradicionais como milho, feijão e sorgo, inviabilizadas pela estiagem
prolongada entre os períodos chuvosos. As pastagens também não se formaram
adequadamente, comprometendo a alimentação do rebanho. Além disso, os
produtores não conseguiram produzir forragem para silagem, agravando ainda mais
a escassez de alimento para os animais.
A situação dos reservatórios também é preocupante. Os
açudes do município estão com níveis críticos de armazenamento e a cacimba da
fazenda, que abastece a adutora da zona rural, apresenta nível extremamente baixos,
colocando em risco o fornecimento de água para dezenas de comunidades.
Diante desse cenário, o Prefeito de Olho D’Água do Borges,
Antonimar Amorim, decretou estado de calamidade pública devido à estiagem. A
medida foi reconhecida pelo Exército Brasileiro, por meio do Programa
Carro-Pipa, que já atua na região levando água potável para os moradores da
zona rural.
A situação é reflexo dos desafios históricos de
convivência com o clima semiárido, que exige cada vez mais investimentos em
infraestrutura hídrica, políticas públicas eficazes e apoio contínuo ao homem
do campo.
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