O corte de R$ 2,5 bilhões no orçamento do Ministério da
Educação, oficializado pelo decreto 12.448/2025, é um golpe direto nas
universidades federais — mas, curiosamente, não causou um pio de indignação nas
ruas de Mossoró.
Em 2019, bastou o governo Bolsonaro anunciar contingenciamentos que mais de 5 mil estudantes — segundo o Sintest-RN — tomaram a Avenida Presidente Dutra, gritando palavras de ordem, erguendo faixas e fechando ruas em nome da educação. Agora, com Lula apertando o cerco financeiro, cadê a turma do “Ninguém mete a mão na minha faculdade”?
Nada. Nenhuma batucada, nenhuma faixa, nenhum ato, nenhum
carro de som. A juventude estudantil, tão aguerrida contra “fascistas”, se
encolheu diante do governo do PT. O silêncio é constrangedor. Nem na UERN, nem
na UFERSA, nem no IFRN se viu qualquer mobilização contra esse desmonte que
afeta laboratórios, aulas práticas, transporte, assistência estudantil e pode,
sim, empurrar as universidades para o colapso.
A régua da indignação muda quando o corte vem da
esquerda.
Não há qualquer informação sobre greve geral. Não há
passeatas agendadas. Não há pressão. O que há é cumplicidade silenciosa,
travestida de conveniência ideológica. E quem paga essa conta são os próprios
estudantes.
Isolda, Pluvia e Marleide. Cadê vocês, queridas?
Ismael Souza
0 comentários:
Postar um comentário