O que está acontecendo com os aposentados deste país é
nojento. Um escândalo bilionário de descontos indevidos, um roubo frio e
covarde contra quem já deu sua contribuição à sociedade e, hoje, mal consegue
comprar um remédio. Mas, espantosamente — ou nem tanto — tem gente que não está
nem aí. No Rio Grande do Norte, os deputados federais Natália Bonavides e
Fernando Mineiro, ambos do PT, sequer assinaram a CPI para investigar esse
crime. São os únicos da bancada potiguar que viraram o rosto diante da dor dos
mais pobres.
O PT mergulha em silêncio. Não explica, não justifica,
não assina. O partido que se vende como defensor dos mais vulneráveis, na
prática, apenas protege o governo, mesmo quando o governo fecha os olhos para o
rombo que pode ter tirado até R$ 90 bilhões dos aposentados.
Não é novidade. Quando o escândalo bate à porta da
esquerda, a regra é empurrar para debaixo do tapete. A velha tática de blindar
o Planalto a qualquer custo. Que se danem os aposentados, que se exploda a
verdade. O importante é manter a narrativa, com a ajuda de uma imprensa amiga e
um Judiciário bem aparelhado. Tanto que o furto contra os aposentados tem
ganhado menos atenção do que a pirotecnia montada para confiscar o cartão de
vacina de Bolsonaro.
O silêncio do PT não é só covarde, é cúmplice. E, cá
entre nós, tem cheiro de confissão no ar.
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