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Sindicalistas avaliam negativamente Fátima Bezerra como governadora

 

Filiada ao PT desde 1981, segundo informações do site oficial do PT (Partido dos Trabalhadores) a paraibana da Cidade de Nova Palmeira, Maria de Fátima Bezerra adotou Natal ainda na juventude, nos anos 70, quando se mudou para a capital potiguar para estudar na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde deu seus primeiros passos na política. Mas, antes de chegar à cadeira de governadora do Estado, Fátima sentou por duas vezes na poltrona da presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte e foi uma das fundadoras do Fórum Estadual dos Servidores Públicos.

Porém, apesar de ter nascido no berço sindicalista, da luta dos movimentos sociais e em defesa da minoria, a governadora Fátima Bezerra (PT) tem recebido uma avaliação negativa dos seus colegas sindicalistas. Em entrevista nesta sexta-feira (10) ao AGORA RN, Flávio Gomes, Coordenador do SindSaúde/RN desabafou: “A nossa avaliação do governo Fátima é que não é um governo diferente dos outros. Por exemplo, temos uma dificuldade muito grande de sermos recebidos pela governadora.

Ela faz audiências com outras classes, tem agendas para os empresários, para os grandes comerciantes, mas para nós do Sindsaúde não tem agenda, desde o início da pandemia. Então a nossa avaliação não é positiva, inclusive as medidas sanitárias que o Estado tomou durante a pandemia, foram muito tímidas, diante do problema que aconteceu em nossa cidade”, disse. Outra categoria que tenta articular com a governadora é a dos professores, o SINTE/RN, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN.

Para Fátima Cardoso, coordenadora do SINTE/RN: “Nem todas as pautas são respondidas, mas contabilizamos um grande avanço no modelo de educação. Em estrutura tem em parte atendimento, na política de valorização salarial, o piso para o magistério ativos e aposentados, tem sido atendido. Por ser uma política importante na carreira. Não avançou na pauta dos Funcionários da Educação, nas promoções dos professores. A pauta tem mais de 30 reivindicações e vem sendo represada ao longo dos anos. Consideramos que avançamos e esperamos atendimento a outras pautas até o final do governo”, avaliou.

A Coordenadora do SINTE/RN continua: “Queremos negociar a pauta dos funcionários, promoções para o magistério entre outros pontos já apresentados ao governo. E por fim, um dos pontos atendidos foi o calendário de pagamento. Fizemos uma luta grande até a conquista do calendário isso na década de 1980. Quando os salários começaram a atrasar, trouxemos à tona a reivindicação do calendário de pagamento que gera o planejamento do servidor público”, afirmou Cardoso.

Segundo Breno Abbott, coordenador do Sindsaúde: “Os salários realmente estão em dia, mas o problema é que o governo escolheu algumas categorias para beneficiar, que recebem seus salários integralmente e as demais são divididas em dois dias para receber, nesse caso, no início e no final do mês. Um governo que se diz popular, mas não tem nada de democrático, beneficia alguns e outros não. A situação dos reajustes salariais, foi dado para umas categorias e outras não. A saúde contabiliza 10 anos sem reajustes e sem ser recebida pela governadora para negociar a pauta anual”, desabafou.

De acordo com Fátima Cardoso, no quesito melhoria da estrutura das escolas, a governadora petista tem deixado a desejar: “Temos exigido muito. Esse é um fosso”, disse. Cardoso explica: “Precisa ser cuidado com mais rapidez. Temos acompanhado obras consistentes em algumas escolas. Esperamos que neste quesito haja mais celeridade para melhor atendimento à sociedade”, fInalizou.

 Fonte: Agora RN

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