O Hospital Wilson Rosado (HWR) deve seguir o mesmo
caminho da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) e paralisar
atendimentos SUS por falta de pagamento. A Liga anunciou a suspensão dos
serviços de quimioterapia e diagnóstico por imagem a partir desta segunda-feira
(13). Já o HWR cobra os valores pactuados referentes às complementações dos
serviços de Cardiologia, Neurocirurgia, Oncologia, cirurgias em geral e leitos
de UTI, e programa reduzir os atendimentos a partir de quarta-feira (15).
De acordo com informações apuradas pelo PORTAL DO OESTE,
a pendência de pagamentos vem de longe e inclui descumprimento de acordo feito
em outubro de 2019, há quase dois anos. Na época, Hospital Wilson Rosado havia
paralisado os serviços e aceitou um acordo com a Secretaria de Estado da Saúde
Pública (SESAP) e a Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró para o pagamento
da dívida existente até então em 33 parcelas. No entanto, esse acordo jamais
foi assinado e muito menos o pagamento das parcelas.
O débito vem se acumulando desde fevereiro de 2018, até a
última produção de julho deste ano, apresentada em agosto. São 32 meses de
produção com pendências de pagamento. O PORTAL DO OESTE não conseguiu verificar
o montante devido, mas é possível afirmar que se trata de alguns milhões de
reais.
Com a paralisação anunciada pelo HWR, 2 dos 3 hospitais
que atendem SUS em Mossoró já anunciaram suspensão de serviços. O terceiro, a
Maternidade Almeida Castro também tem recursos a receber da SESAP e faz parte
de ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual, que envolve
também o HWR e a Liga.
Caso a situação não seja revertida, haverá redução de 20%
dos atendimentos eletivos na próxima quarta-feira (15), que inclui exames de
cateterismo cardíaco, internamentos em leito clínico de UTI adulto e cirurgias
eletivas (cardiologia, oncologia e neurocirurgia).
De acordo com cronograma que o PORTAL DO OESTE teve
acesso, há ainda previsão de suspensão total dos atendimentos eletivos em 1° de
outubro, e de todos os serviços SUS, incluindo de urgência, em 15 de outubro.
Se concretizada, a paralisação prejudica também a
retaguarda de leitos e procedimentos prestada ao Hospital Regional Tarcísio
Maia e aos outros hospitais públicos do Oeste, Alto Oeste e Vale do Assú,
O PORTAL DO OESTE entrou em contato com as assessorias de
imprensa da SESAP. Essa matéria será atualizada logo que recebermos resposta.
Fonte: Portal do Oeste
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