A motivação principal da Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) nº 32, em tramitação na Câmara dos Deputados e que trata
da reforma administrativa, é abrir caminho para a privatização dos serviços
públicos. A avaliação foi feita pelo juiz do Trabalho e professor da UFRN, Zéu
Palmeira.
“Na linguagem do ministro
Paulo Guedes, a PEC 32 visa ‘colocar uma granada no bolso dos servidores públicos’”,
afirmou.
Para ele, ao partir da premissa de que é preciso retirar
vários direitos sociais dos servidores públicos, dentre os quais a
estabilidade, a proposta atinge notadamente aqueles que hoje são indispensáveis
à população, tais como os prestados pela rede de atendimento da saúde, da
educação e da assistência social.
“Sob a falácia da
modernização, a proposta vem para entregar grande parte do serviço público para
a iniciativa privada”, disse. Segundo o juiz, se privatizados, os
serviços serão explorados consideravelmente sob o controle do mercado,
contribuindo para aprofundar a exclusão social num país que já é profundamente
desigual.
“A suposta promulgação da PEC
32 tende a provocar o imediato desmantelamento dos serviços públicos, a
mercantilização dos bens sociais, a mutilação dos direitos dos trabalhadores
públicos e a negação de acesso da população aos direitos sociais”,
explica.
A PEC não atinge os militares, parlamentares, juízes,
desembargadores, ministros de tribunais superiores, promotores e procuradores.
Confira entrevista na íntegra aqui.
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