A mais recente atualização do Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, referente a maio, aponta que no Nordeste houve um agravamento da seca no Rio Grande do Norte, tendo 100% do território nessa condição.
Em junho, o estado registrou 90,2% abaixo do volume médio de chuva
esperado. A expectativa era de um volume médio de 90,2 milímetros (mm), mas o
registro foi de apenas 9,0mm, de acordo com as análises da Empresa de Pesquisa
Agropecuária Rio Grande do Norte – Emparn.
As análises
registraram ainda que o último mês foi o segundo junho mais seco da história da
capital potiguar. Em Natal, choveu somente 56mm, quando o esperado era um
volume acima de 300mm. O junho com menor volume de precipitações foi em 1978,
quando choveu apenas 18mm.
De acordo com a
Emparn, o vento seco, oriundo do Atlântico Sul, associado à baixa umidade
predominou durante todo o mês dificultando a ocorrência de chuvas.
As demais
regiões do estado também registraram volumes médios abaixo do esperado para o
período: Oeste (91,5%), Central (96%), Agreste (94,9%) e Leste (86,5%).
A previsão para
o mês de julho é das chuvas seguirem abaixo do normal, com predominância no
litoral, de dias nublados porém chuvas intensas.
Seca
De acordo com o
Monitor de Secas, entre abril e maio, o Rio Grande do Norte já teve um
agravamento da seca com o aumento da área com seca moderada no leste potiguar,
devido às chuvas abaixo da média, sendo que esta severidade do fenômeno subiu
de 55% para 67% do estado. Já a seca grave segue em 17% do estado. Essa é a
condição mais severa do fenômeno no estado desde janeiro de 2020, quando 24% do
estado passou por seca grave. Desde dezembro de 2020, todo o território
potiguar registra seca.
Além do RN,
Bahia e Ceará também tiveram a seca agravada e são sete as unidades federativas
que estão com 100% de seus territórios em seca: RN, Bahia, Mato Grosso do Sul,
Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Outros três estados
registraram entre 97 e 99,5% de área com seca: Ceará, Goiás e Paraná.
São 20 as unidades acompanhadas pelo monitor e, exceto o DF, as demais nove apresentam entre 33% e 88% de suas áreas com o fenômeno.
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