Olho D'água do Borges/RN -

Professores brasileiros recebem 13 por cento menos que a média dos trabalhadores com ensino superior

Pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que o investimento brasileiro na educação ainda é pequeno em relação aos países considerados mais desenvolvidos.

Para o senador Dário Berger (MDB-SC), presidente da Comissão de Educação (CE), é urgente a valorização da carreira de professor. Para o senador Flávio Arns (Rede-PR), é necessário um pacto pela educação, com uma discussão profunda sobre o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), cuja prorrogação é alvo de duas propostas de emenda à Constituição em tramitação no Senado (PEC 33/2019 e PEC 65/2019).

Embora o Brasil gaste uma porcentagem acima da média de seu PIB (Produto Interno Bruto) em educação, os gastos por aluno no ensino fundamental e médio estão bem abaixo da média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econmico).

A informação consta no relatório Education at a Glance 2019, que analisa a qualidade da educação dos países que integram a organização.

Segundo o documento, o investimento em educação no Brasil corresponde a 4,2% do PIB brasileiro. O percentual investido é 1% maior que a média dos países da OCDE.

No entanto, o investimento por aluno é muito inferior ao dos outros países. Nas 3 modalidades de educação (ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio e técnico), o Brasil investiu por aluno menos da metade do que os outros países investiram.

Além disso, somente cerca de 33% dos estudantes que ingressam no programa de bacharelado no Brasil se formam dentro da duração teórica do programa, abaixo da média de 39% para os países com dados disponíveis.

Aproximadamente 18% dos adultos (25-64 anos) no Brasil chegam ao ensino superior. O percentual é semelhante ao do México, mas bem abaixo de outros países da América Latina, como Argentina (36%), Chile (25%), Colômbia (23%) e Costa Rica (23%).

Nos países da OCDE, a taxa média de realização do ensino superior é de 39%, mais do que o dobro do Brasil. Na última década, no entanto, houve 1 aumento considerável no ensino superior na geração mais jovem (25-34 anos), de 11% em 2008 para 21% em 2018.

Valorização de professores
O salário médio dos professores no Brasil é menor em poder de compra do que na maioria dos países da OCDE e pelo menos 13% menor que o salário médio dos trabalhadores com ensino superior no país.

A remuneração dos professores geralmente é responsável pela maior parte da despesa por aluno. Os gastos relativamente baixos por aluno no Brasil se refletem nos baixos salários dos professores.

O salário médio anual de professores no Brasil variam de US $ 22.500 para docentes do ensino fundamental a US $ 23.900 para os do ensino médio. Os valores estão bem abaixo da média da OCDE, que variam de US $ 36.200 no nível pré-primário a US $ 45.800 no secundário.

Os salários mais altos são classificados como uma prioridade de gastos extremamente importante para quase 93% dos professores do ensino médio no Brasil –a maior porcentagem de todos os países participantes da Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem da OCDE (TALIS) e bem acima da média da OCDE de 64%.

Fonte: I9treinamentos

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