Os dados, animadores, foram apresentados em oficina do II
Simpósio Potiguar de Fruticultura, realizado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte
em parceria com Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e Comitê
Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (Coex). O evento, que
mobiliza a cadeia produtiva da fruticultura, teve início nesta terça-feira (3)
e segue até a próxima quinta-feira (5), em Mossoró.
De acordo com o produtor e consultor Antônio Tertulino de
Oliveira, que ministrou oficina “Produção de cajueiro”, o bom ritmo de
recuperação se deve, principalmente, à substituição, nas áreas recuperadas, das
plantas caducas por mudas de cajueiro do tipo anão precoce melhorado, reconhecido
pela elevada produtividade.
“Vivenciamos um período difícil, mas o cenário está
mudando e as expectativas são as melhores. O cajueiro anão precoce melhorado
está por trás dos bons números e a expectativa é mais que triplicar a produção
de castanha nos próximos cinco anos. Somente neste ano, um total de 200 mil
mudas substituíram pomares caducos, e em um ano e meio já devem frutificar”,
prevê.
Embora fundamental à recuperação das áreas de plantio e à
produção, sozinha, a substituição das mudas não é suficiente, alerta o gestor
de Fruticultura do Sebrae no Rio Grande do Norte, Franco Marinho. Ele lembra
que, associado à medida, é necessário o uso de novas tecnologias para o
controle de pragas, além do manejo adequado e apoio de atores de instituições públicas.
“A fruticultura como um todo é um setor econômico e
social muito importante, que necessita de ações dos gestores públicos em prol
da produção irrigada, acesso a novas tecnologias e facilitação do acesso a
certificações necessárias ao desenvolvimento do setor. Isso passa pela
cajucultura, onde todas essas ações complementares ajudarão a recuperar a
produção”, detalha. Além da programação técnica e científica, o II Simpósio
Potiguar de Fruticultura conta com palestras, mesas redondas e visita à fazenda
experimental e pomar didático da Ufersa.
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