Olho D'água do Borges/RN -

Coerência: Um valor que não pode ser seletivo

 

Nos últimos meses, temos observado uma mudança de postura bastante curiosa por parte de alguns vereadores de Olho D’água do Borges. Durante a gestão passada, quando estavam alinhados à administração municipal, muitos deles optaram pelo silêncio diante de problemas evidentes como atrasos no pagamento das contribuições do INSS, Previdências própria e outras obrigações, falhas no atendimento de saúde, precariedade nos serviços públicos básicos, falta de apoio ao esporte e à cultura, entre outras, e eram tratadas com indiferença, ou sequer, mencionadas em plenário ou nas redes sociais por esses edis.

Agora, na condição de oposição, esses mesmos vereadores passaram a levantar a voz, como paladinos da imparcialidade e coerência, cobrar com veemência e exigir providências sobre situações que antes eles viravam as costa e silenciavam suas "vozes".

É evidente que o papel da oposição e do vereador, é fiscalizar, questionar e apontar falhas. Isso é saudável para a democracia e essencial para o bom funcionamento da administração pública. No entanto, o que se espera é coerência. Não se pode cobrar hoje, aquilo que ontem se baixava a cabeça e ignorava por conveniência política. Porque não cobravam antes e hoje cobram? Falta de coerência? Oportunismo politico? 

A fiscalização deve ser pautada pelo compromisso com a verdade e o interesse coletivo — e não apenas como estratégia ou conveniência pessoal.

A população está atenta e sabe distinguir quem realmente está preocupado com os interesses do povo e quem apenas faz teatrinho e barulho quando está fora do poder. Governar e legislar exigem responsabilidade, ética e, acima de tudo, coerência. Só assim se constrói uma política séria, respeitável e verdadeiramente voltada para o bem comum.

 

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