A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (21) a
MP 1031/2021, que abre caminho para a privatização da Eletrobras. A
medida já passou pela Casa em maio e,
após mudanças no texto aprovadas pelo Senado,
voltou a ser analisada pelos deputados. Agora, o texto vai à sanção
presidencial.
Assim que a votação foi concluída, o líder da
Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ),
informou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a sanção da medida.
Os parlamentares correram contra o tempo, há que a
MP tem até esta terça-feira (22) para ser votada, ou perderia a
validade. Pouco antes do início da sessão, o relator, Elmar Nascimento (DEM-BA),
apresentou seu parecer (leia a íntegra).
Nos termos do parecer do relator, a Casa aprovou o
texto-base, por 258 votos favoráveis, 136 contrários e 5 abstenções. Em uma
segunda votação, os deputados rejeitaram emendas ao texto feitas pelo Senado,
como propôs o relator Elmar Nascimento, por 2 votos favoráveis (às emendas),
394 contrários e 7 abstenções. Os parlamentares analisam agora os destaques,
sugestões de mudanças no texto.
Mais cedo nesta segunda-feira (21), o relator adiantou
ao Congresso em Foco que fez "pouquíssimas alterações" no texto,
que não exijam nova análise da proposta pelos senadores.
A medida foi aprovada no Senado por um placar apertado,
42 votos a 37, refletindo o alto nível de discordância sobre o texto. Os
senadores criticam pontos incluídos pelos deputados - e mantidos pelos
senadores - considerados "jabutis", ou seja, que não tem relação com
a matéria. Por exemplo, a obrigação de contratação de termelétricas a gás
natural.
Na semana passada, senadores já tinham adiantado que vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a MP.
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