Criminosos têm roubado celulares e conseguido esvaziar
contas bancárias acessando os aplicativos de bancos instalados nos aparelhos.
Diante dos relatos do novo golpe e de alertas feitos por instituições como
Procon-SP e pela própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o G1 reuniu
dicas para manter os aplicativos e o smartphone seguros, além de orientações
sobre o que fazer em caso de furto ou roubo e de transferências bancárias
indevidas.
Como funciona o golpe?
Os roubos costumam ocorrer em vias públicas ou no
trânsito, durante o uso do celular pelas pessoas. Dessa forma, os criminosos
têm acesso ao aparelho já desbloqueado, o que permite buscar as senhas ou dados
pessoais armazenados pelos próprios usuários no smartphone, sites e email para
tentar entrar nos aplicativos de bancos e limpar o dinheiro das contas das vítimas
ou fazer empréstimos.
Como se proteger?
Para se proteger desse tipo golpe, é fundamental redobrar
os cuidados com as configurações de segurança do celular e dos aplicativos.
Isso porque o aparelho guarda muitas informações que podem permitir que os
criminosos recuperem ou mudem as senhas usando, por exemplo, dados armazenados
em e-mails, redes sociais ou outras ferramentas disponíveis no smartphone.
O presidente da Associação Brasileira de Proteção de
Dados (ABPDados), Renato Opice Blum, explica que, quando um aparelho é roubado
desbloqueado, fica mais fácil para os bandidos violarem certas medidas de
segurança ou redefinirem senhas de acesso.
Veja abaixo dicas de especialistas e recomendações da
própria Febraban:
Use sempre uma configuração de bloqueio da tela de início
do celular e opte pela opção de bloqueio automático mais rápida (30 segundos,
por exemplo);
Mantenha o sistema operacional do celular atualizado e
verifique sempre se há atualizações de aplicativos pendentes;
Nunca utilize o recurso de “lembrar/salvar senha” em
navegadores e sites;
Jamais anote senhas em blocos de notas, e-mails,
mensagens de WhatsApp ou outros locais do celular;
Procure usar senhas fortes e não repetir o código de
acesso ao seu banco para uso em outros aplicativos, email ou sites de compras;
Utilize ferramentas de segurança adicionais como
biometria, reconhecimento facial e dupla autenticação (a segunda senha) em apps
e também o email;
Nas configurações do aparelho, desative as notificações e
funções que são exibidas independentemente do bloqueio de tela inicial;
Coloque um PIN também no chip do celular. Dessa forma, se
o aparelho for reiniciado, será necessário inserir o código pessoal para uso da
linha e envio e recebimento de SMS.
O que fazer se o celular for roubado?
acessar as páginas criadas pela Apple (no caso do iPhone)
e pelo Google (para celulares com o sistema Android) para limpar todo o
conteúdo do aparelho de maneira remota.
Notificar imediatamente o banco para que medidas de
segurança sejam adotadas, como bloqueio do app do banco, da senha de acesso e
da própria conta;
avisar à operadora de telefonia para o bloqueio imediato
do chip e do Imei (Identidade Internacional de Equipamento Móvel); a partir do
bloqueio, o aparelho ficará impedido de conectar a redes móveis;
trocar as senhas e as configurações de autenticação das
contas e dos aplicativos instalados no smartphone, incluindo redes sociais e
e-mail;
Acessar a ferramenta Registrato do Banco Central para
verificar se os seus dados não foram utilizados para abertura de contas ou
empréstimos.
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