Um grupo protestou contra a proibição da vaquejada na
manhã desta terça-feira (11) em frente à Assembleia Legislativa do Rio Grande
do Norte, em Natal. Segundo a Polícia Militar, 300 pessoas participaram do ato.
Já a organização do evento, estima que 3 mil estiveram no local. Na semana
passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a regulamentação da prática
no estado do Ceará.
Organizado pela Associação dos Vaqueiros Amadores do Rio
Grande do Norte (Assovarn), o ato tem o apoio de outros segmentos ligados ao
homem do campo e que também temem pela proibição no estado. “Nosso movimento é
pacífico e ordeiro. Queremos sensibilizar a nossa classe política para que se
una à gente. Estamos lutando pelo futuro de 50 mil pessoas que vivem direta ou
indiretamente da vaquejada aqui no estado”, disse Paulo Saldanha, presidente da
Assovarn.
A vaquejada é uma tradição cultural nordestina na qual um
boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo
dentro de uma área estabelecida e marcada por cal. Segundo as regras do
esporte, a derrubada só é considerada válida se o boi cair, ficar com as 4
patas para cima e se estiver na área delimitada. Dependendo do local da queda,
pontos são somados ou não a dupla.
O vaqueiro Josinaldo Viana argumenta que algumas mudanças
na prática da vaquejada eliminaram o sofirmento dos animais. "Antigamente
a gente puxava pelo rabo, a gente sabia que ia doer, e hoje não é mais assim.
Hoje há um protetor para o rabo, para não 'torar' o rabo do boi. Além disso, a
barriga não pode ter mais ferimento, não pode usar espora que fure, se ferir a
barriga do animal na competição é desclassificado", disse.
Já a promotoira do Meio Ambiente de Natal, Rossana
Sudário, classifica a vaquejada como 'tortura' aos animais. "Essa
atividade não pode ser adaptada porque não há como fazer vaquejada sem
maltratar os animais", explicou.
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