Toda manifestação contra Jair Bolsonaro lembra, com
razão, o “respeito às instituições” e à “harmonia dos poderes”, mas na prática
a teoria é outra. Em 2015, sem a animosidade atual, o voto impresso foi
aprovado por ampla maioria no Congresso e virou lei, mas oito ministros do STF
mandaram às favas o respeito à “harmonia” e às decisões de instituições do
Poder Legislativo mandando a lei para a cesta do lixo, mostrando valerem mais
que os deputados e senadores eleitos pelo povo. Acontecerá de novo, caso o
Congresso aprove a medida defendida por Bolsonaro. Até por ser defendida pelo
presidente.
Poder supremo
O veto de Dilma à lei 13.165/15, que instituía no Brasil
o voto impresso, foi derrubado por 424 parlamentares. Mas oito ministros do STF
vetaram.
Estava pacificado
O TSE chegou a apresentar a nova urna com impressão do
voto e design elogiado por ministros, inclusive Luis Roberto Barroso, o atual
presidente.
Alegação curiosa
Às vésperas da eleição de 2018, o STF declarou a lei
“inconstitucional” porque o sigilo do voto poderia ser violado “se” a
impressora falhasse.
Até Gilmar gostou
Vencido na época, Gilmar Mendes criticou a impressão do
voto, mas gostou da nova urna e disse que a decisão é do legislador. Só eu não.
0 comentários:
Postar um comentário