A proposta, de autoria do deputado Raimundo Gomes de
Matos (PSDB/CE), foi aprovada com
emenda no Senado. Por isso, a matéria retornou à análise da Câmara, onde foi
aprovada na última terça-feira (1).
O relator do PLC 133/2017, senador Jorge Kajuru
(Cidadania-GO), ressaltou a gravidade da doença. Ele lembrou que 48% das mortes
no Brasil são causadas pelo diabetes — a terceira doença que mais mata no
Brasil, atrás apenas do acidente vascular cerebral (AVC) e da hipertensão.
O Brasil possui 23 milhões de diabéticos. É uma doença
cara, e as pessoas sem condições financeiras não conseguem adquirir os
principais remédios que são o Glifage e o Amaryl. Por consequência, elas podem
ter que ser submetidas urgentemente à uma cirurgia — que hoje o Brasil é
pioneiro — que se chama metabólica.
Agora, via SUS, as pessoas terão um
atendimento que antes não tinha para os diabéticos. Se o caso for grave, poderá
ter direito à cirurgia tanto a diabética quanto a bariátrica e o fornecimento
de remédios, especialmente a insulina. Então é um atendimento completo. Quando
o diabético é atendido, faz a cirurgia e se sente aliviado com a redução da
glicemia, ele costuma dizer que ganhou a vida de novo. Então você vê o que é
ser diabético. É muito ruim, é uma doença muito sofrida e silenciosa — disse.
Daqui a muitos anos, o país vai lembrar que alguém se
preocupou com a doença mais perigosa e mais silenciosa do planeta, que se chama
diabetes. Hoje, na verdade, o diabetes é a doença do século. Então poder
realizar esse projeto e vê-lo aprovado aqui é muito prazeroso. E como diabético
a minha alegria é ainda maior! — disse.
O texto prevê a universalidade, a integralidade, a
equidade, a descentralização e a participação da sociedade na definição e no
controle das ações e dos serviços de saúde. O SUS deve dar ênfase a ações
coletivas e preventivas, promoção da saúde e qualidade de vida e
multidisciplinaridade. A Política Nacional de Prevenção do Diabetes estabelece
ainda o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o
enfrentamento e o controle da doença e a formação continuada de profissionais,
pacientes, familiares e cuidadores.
O Diabetes pode levar a cegueira, insuficiência renal e
amputação, entre outros problemas. De acordo com uma pesquisa da Organização
Mundial de Saúde (OMS), a taxa de incidência de diabetes no Brasil cresceu
61,8% entre 2006 e 2016.
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