A Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC)
defende o planejamento financeiro como fator fundamental para o uso consciente
dos recursos financeiros. Por isso, avalia como positiva a inclusão da
disciplina no currículo escolar porque cria a cidadania financeira e o consumo racional
estimulando o consumidor a ser adimplente, criando um círculo virtuoso, que
afetará positivamente o mercado de crédito e impactará na melhora da
economia.
fDe acordo com a última edição do Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), realizado em 2015, e cujos dados foram
disponibilizados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), o Brasil ocupou o último lugar de desempenho em competência financeira
entre os 15 países analisados. A nota geral nacional foi 393,5, ou seja, abaixo
dos 400 considerados o mínimo suficiente pela organização. Dos 23.141
estudantes brasileiros avaliados, 12.691 ficaram abaixo desse nível. Nenhum
estado ou região brasileira ficou acima da média da OCDE, que foi de 489 pontos
em educação financeira.
“Com mais transparência entre o consumidor e o credor,
como o Cadastro Positivo, por exemplo, o consumidor se empodera através da nota
de crédito. Com educação financeira e indivíduos desde cedo bem informados
sobre o risco do consumo excessivo e a importância de ações conscientes, ganham
todos: consumidor, credor e país. Com menos inadimplência, mais pessoas
têm acesso ao crédito sustentável, o que significa injeção de recursos na
economia, empregos e bem-estar social”, afirma Elias Sfeir, presidente da
ANBC.
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