O evento aberto neste sábado (12) prossegue até o próximo
sábado (19) no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, região
metropolitana de Natal. O espaço Sebrae Terroir contará com uma vasta
programação de oficinas gastronômicas, seminários técnicos, fazenda digital e
exposição de produtos terroir potiguares.
Segundo o médico veterinário Carlos Henrique de
Souza, o confinamento de ovinos tem trazido resultados bastante
satisfatórios para o produtor rural, tanto em termos de produtividade como da
lucratividade na venda do animal abatido. “O produtor que visitar a Fazenda do
Sebrae na Festa do Boi poderá comprovar os resultados animadores do
confinamento de cordeiros”, explica que algumas propriedades do Estado já estão
com esta técnica de confinamento de ovinos implantada, tanto através do projeto
Sertão Empreendedor como do programa Sebraetec. “O nosso maior propósito é
desenvolver a cadeia da ovinocaprinocultura potiguar”, explica.
Durante os oito dias da Festa do Boi, o maior objetivo
deste trabalho é, segundo consultor, mostrar as vantagens da precocidade do
animal. “O produtor verá animais com 5 ou 6 meses pesando acima de 35 quilos,
que é o que o mercado de abatedouros necessita e espera obter”, explica o consultor,
lembrando que quando o animal passa de um ano de idade, ele deixa de ser
cordeiro, não tem mais o valor agregado, perdendo valor de mercado.
Além de visualizar os animais, os visitantes recebem
informações sobre que tipo de ração para esses animais ingeriram e o tipo de manejo
adotado pelo produtor. É importante frisar que estes animais, em momento algum
foram soltos no campo. Desde que nasceram, ficaram sendo amamentados pelas mães
e com 60 dias sofreram o desmame, que consiste na separação do cordeiro da mãe.
A partir daí entraram no confinamento com uma alimentação à base de silagem e
palma, complementada com ração à base de milho. “Com a adoção destas técnicas,
o produtor pode alcançar excelentes resultados”, ensina.
O ovinocultura seja de pequeno, médio ou grande produtor
deve adotar esta tecnologia, que é de baixo custo e de investimento com retorno
relativamente rápido, entre 6 e 7 meses. “O produtor necessita entender que ele
precisa alimentar estes cordeiros e que o investimento dá um retorno rápido.
Assim que ele consegue fazer esse acabamento, realiza o abate desses animais
tendo um ótimo retorno financeiro”, garante.
Neste período de estiagem, quando o produtor de ovino
solta o seu rebanho no campo, o animal não tem alimentação disponível e, portanto,
não consegue engordar. Ao passo que o investimento no confinamento nada mais é
do que a ração do animal disponibilizada no cocho que tem seu custo benefício
comprovados. Cada 7 quilos de ração dada a um ovino transforma-se em um quilo
carne. Atualmente um quilo de ração balanceada varia entre R$ 0,80 a R$ 1,00.
Se gastar 7 quilos de ração, o produtor vai investir R$ 7,00 para obter um
quilo de carne, que é vendido a R$ 14,00 no mercado. Ou seja, 100% de
rendimento.
Fonte: Agencia Sebrae de Noticias
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