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Confinamento de ovinos garante aumento de peso e rentabilidade

O produtor de ovinos que visitar a Fazenda Sebrae no espaço Terroir na Festa do Boi, encontrará uma novidade que promete agregar conhecimento e tecnologia à produção de cordeiros. Estão em exposição 15 animais resultantes do cruzamento de matrizes mestiças de Santa Inês com o reprodutor White Dorper com faixa etária entre 4 e 6 meses, todos pesados no dia 4 deste mês de outubro, sendo o menor com peso de 32 quilos e o maior está pesando 39 quilos, comprovando para o produtor que fazendo cruzamentos corretos e com uma alimentação adequada, é possível atender a um mercado exigente, que requer um cordeiro precoce.

O evento aberto neste sábado (12) prossegue até o próximo sábado (19) no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, região metropolitana de Natal. O espaço Sebrae Terroir contará com uma vasta programação de oficinas gastronômicas, seminários técnicos, fazenda digital e exposição de produtos terroir potiguares.

Segundo o médico veterinário Carlos Henrique de Souza,  o confinamento de ovinos tem trazido resultados bastante satisfatórios para o produtor rural, tanto em termos de produtividade como da lucratividade na venda do animal abatido. “O produtor que visitar a Fazenda do Sebrae na Festa do Boi poderá comprovar os resultados animadores do confinamento de cordeiros”, explica que algumas propriedades do Estado já estão com esta técnica de confinamento de ovinos implantada, tanto através do projeto Sertão Empreendedor como do programa Sebraetec. “O nosso maior propósito é desenvolver a cadeia da ovinocaprinocultura potiguar”, explica.

Durante os oito dias da Festa do Boi, o maior objetivo deste trabalho é, segundo consultor, mostrar as vantagens da precocidade do animal. “O produtor verá animais com 5 ou 6 meses pesando acima de 35 quilos, que é o que o mercado de abatedouros necessita e espera obter”, explica o consultor, lembrando que quando o animal passa de um ano de idade, ele deixa de ser cordeiro, não tem mais o valor agregado, perdendo valor de mercado.

Além de visualizar os animais, os visitantes recebem informações sobre que tipo de ração para esses animais ingeriram e o tipo de manejo adotado pelo produtor. É importante frisar que estes animais, em momento algum foram soltos no campo. Desde que nasceram, ficaram sendo amamentados pelas mães e com 60 dias sofreram o desmame, que consiste na separação do cordeiro da mãe. A partir daí entraram no confinamento com uma alimentação à base de silagem e palma, complementada com ração à base de milho. “Com a adoção destas técnicas, o produtor pode alcançar excelentes resultados”, ensina.

O ovinocultura seja de pequeno, médio ou grande produtor deve adotar esta tecnologia, que é de baixo custo e de investimento com retorno relativamente rápido, entre 6 e 7 meses. “O produtor necessita entender que ele precisa alimentar estes cordeiros e que o investimento dá um retorno rápido. Assim que ele consegue fazer esse acabamento, realiza o abate desses animais tendo um ótimo retorno financeiro”, garante.

Neste período de estiagem, quando o produtor de ovino solta o seu rebanho no campo, o animal não tem alimentação disponível e, portanto, não consegue engordar. Ao passo que o investimento no confinamento nada mais é do que a ração do animal disponibilizada no cocho que tem seu custo benefício comprovados. Cada 7 quilos de ração dada a um ovino transforma-se em um quilo carne. Atualmente um quilo de ração balanceada varia entre R$ 0,80 a R$ 1,00. Se gastar 7 quilos de ração, o produtor vai investir R$ 7,00 para obter um quilo de carne, que é vendido a R$ 14,00 no mercado. Ou seja, 100% de rendimento.

Fonte: Agencia Sebrae de Noticias




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