O deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) apresentou
projeto de lei na Assembleia Legislativa proibindo a cessão de professores da
rede pública estadual de ensino para exercício de cargos de provimento em
comissão em quaisquer órgãos ou entidades públicas. A proibição independe do
ônus do pagamento.
O Sindicato dos Trabalhadores do Serviços Público da
Administração Direta do Rio Grande do Norte (SINSP/RN) denunciou, ano passado
(veja AQUI), o Governo Fátima Bezerra (PT) de aumentar em quase dez vezes
o número de trabalhadores da educação em funções administrativas. Em janeiro de
2019, o Estado tinha 847 professores temporários contratados. Em outubro de
2022, próximo ao fim do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra (PT), o
número saltou para 3.638.
Em março deste ano, o deputado estadual Luiz Eduardo
(SDD) informou que 3.207 professores estaduais estão fora da sala de aula,
cedidos aos mais diversos órgãos públicos (veja AQUI).
Distorções
“Essa transferência temporária de professores afeta
diretamente o quadro de profissionais nas escolas, resultando em sobrecarga de
trabalho para os demais docentes e impactando negativamente o processo de
ensino-aprendizagem. Além disso, a cessão de professores para cargos em
comissão pode gerar distorções salariais e prejudicar a carreira dos docentes,
já que muitas vezes esses cargos não estão relacionados à área de atuação dos
profissionais cedidos”, explicou Gustavo Carvalho.
A lei diz ainda que os professores atualmente cedidos
para exercício de cargos em provimento em comissão, deverão retornar às suas
atividades na rede pública estadual de ensino no prazo máximo de 30 dias,
contados a partir da vigência desta lei. “O descumprimento desta lei acarretará
sanções administrativas, disciplinares e legais aos responsáveis, conforme
legislação vigente”, disse.
Considera-se cessão a transferência temporária de um servidor público para o desempenho de atividades em outro órgão ou entidade, seja da administração direta ou indireta.
Carlos Santos
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